Entenda as dificuldades enfrentadas pelos cristãos secretos em meio à atual crise no país. Saiba mais!
Um país tomado completamente pelo grupo extremista Talibã. Nessa segunda (16), a emissora de TV Al Jazeera divulgou vídeos exclusivos de combatentes do grupo entrando em Cabul, capital do país, tomando o poder do Palácio Presidencial e declarando o fim da guerra de 20 anos.
O presidente Ashraf Ghani fugiu do país, segundo ele para evitar derramamento de sangue e mais tragédias e mortes. Algumas fontes mencionaram que o líder poderia ter fugido para o Uzbequistão ou Tajiquistão.
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Os afegãos, bem como estrangeiros residentes no país, estão tentando deixar o Afeganistão o mais rápido possível, fazendo fila nos bancos na tentativa de retirar as economias e ir para o aeroporto de Cabul para fugir do país.
Perseguição religiosa
“Têm sido dias tristes para os cidadãos do Afeganistão, e um momento ainda mais perigoso para ser seguidor de Cristo. É uma situação incerta para todo o país, não apenas para os cristãos secretos. Nossos corações estão partidos. Sabíamos que isso poderia acontecer. Não estamos surpresos, mas isso não torna a dor menor”, conta cristão parceiro do Portas Abertas na Ásia.
A situação no aeroporto ficou caótica. Muitos moradores que passaram os últimos anos ajudando as forças americanas estão agora solicitando vistos para sair. Embora o Talibã prometa uma abordagem mais moderna e reformada para o governo, os temores permanecem sobre como eles imporão a sharia (conjunto de leis islâmicas) nos próximos dias.
“Os cristãos secretos no país são especialmente vulneráveis. Antes do governo Talibã, eles já tinham muita dificuldade em viver de acordo com a fé, pois tinham que mantê-la em segredo para amigos e familiares por medo da perseguição e até morte. Agora que o Talibã está no poder, a vulnerabilidade dos cristãos aumentou. Seria quase impossível ser um seguidor de Jesus no país. Estamos monitorando a situação, mas este é o momento para pedirmos a Deus que tenha misericórdia não só do seu povo, mas deste país como um todo”, finaliza o correspondente.
Com informações do Portas Abertas