Na última segunda (23) o pastor da Igreja Nova Vida – Rio Grande (RS), Lisandro Canes, cometeu suicídio
Na última segunda-feira (23) o pastor da cidade de Rio Grande (RS), Lisandro Canes se suicidou. Antecipadamente Lisandro realizou postagem sobre a morte do pastor norte-americano Jarrid Wilson, que tirou a própria vida no dia (11).
No Facebook, Canes escreveu que os cristãos devem tratar de maneira digna o seu pastor. Dessa forma, reiterou que apesar do cargo, o pastor também é ser humano.
“Nenhum trabalho ou responsabilidade consumiu mais as minhas energias e minha saúde do que liderar uma Igreja. Como pastor posso dizer que a Igreja precisa urgentemente se preocupar com o descanso e a saúde dos seus pastores”, revelou.
Além disso, o pastor concluiu sua postagem frisando a humanidade do pastor. “Antes de pensar no pastor como um super homem, lembre-se que existe um ser humano a Imagem de Deus atrás do púlpito”, concluiu.
REPERCUSSÃO
Na última semana muitos pastores se pronunciaram sobre o caso. Segundo o presidente da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), pastor Márcio Soares, muitos pastores vivem cansados e desgastados.
“A ‘Desconsideração Solene da Humanidade’ dentre outros problemas, expõe o Pastor às garras do suicídio”, escreveu se solidarizando com a morte de Lisandro Canes. Além disso, a CBEES lançou a campanha “Celebre a Vida o preço já foi pago” no mês de setembro, e que reúne inúmeras ações em combate ao suicídio.
Lisandro pastoreava a Igreja Nova Vida que está estabelecida na cidade desde 2002. Assim foi emitido um comunicado de profundo pesar na página oficial da igreja no Facebook.
SETEMBRO AMARELO
O combate ao suicídio é um assunto muito importante. “Falar é a Melhor Solução” é o tema campanha do “Setembro Amarelo” deste ano. A Comunhão tem acompanhado bem de perto o assunto.
De acordo com alguns dados cerca de 12 mil pessoas tiram suas vidas por ano no Brasil. Assim, o país se encontra na oitava posição mundial em número se suicídio. Entretanto essa estatística também tem afetado pastores e líderes religiosos.
Segundo Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde, o foco da campanha deste ano será o público jovem. “Vamos focar nesta questão dos jovens, tanto na questão do suicídio quanto das tentativas, procurando alternativas de políticas públicas indutórias”, revelou.
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