O Dia Internacional da Síndrome de Down, nesta segunda-feira (21), ajuda a esclarecer as dificuldades cotidianas e a combater o preconceito
Por Patricia Scott
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas vivem, atualmente, com Síndrome de Down. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Vale explicar que a condição genética, ocasionada pela presença de um cromossomo extra, pode ser diagnosticada ainda no útero materno.
O Dia Internacional da Síndrome de Down, nesta segunda-feira (21), tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de integrar esse público à sociedade, além de ajudar a esclarecer as dificuldades cotidianas e a combater o preconceito. A data, que já constava na agenda da Organização das Nações Unidas (ONU), passou a fazer parte do calendário brasileiro este ano.
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“O preconceito impede que estas pessoas alcancem o desenvolvimento da autonomia e independência durante a vida, seja para trabalhar, desenvolver habilidades acadêmicas e até mesmo manter o vínculo afetivo”, afirma o Supervisor Técnico de Saúde Fernando Lemos Vila Nova, que integra a Estratégia Acompanhante de Saúde da Pessoa com Deficiência (APD) Campo Limpo (SP).
O atendimento desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” – promove a inclusão de pessoas com deficiência intelectual – Síndrome de Down, Autismo e Paralisia Cerebral – na sociedade, o que reduz a invisibilidade a partir do empoderamento pessoal e da cultura. O serviço conta com uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e acompanhantes, que realiza saídas com os pacientes para eventos, parques, palestras e oficinas.
“Nosso foco é dar suporte à socialização, por meio da ampliação do repertório cultural e de vida aos pacientes, sempre com foco no desejo e solicitação do mesmo. Realizamos, inclusive, ações de estímulo à autonomia no domicílio”, explica Fernando Lemos.
Atualmente, o CEJAM gerencia as equipes Capão Redondo, Campo Limpo e M’Boi Mirim, na zona Sul da capital paulista. Cada grupo é responsável pelo atendimento mensal de cerca de 70 pessoas, de acordo com Fernando, totalizando 210 pacientes. Ele salienta que o acompanhamento é realizado com o propósito de incentivar o desenvolvimento cognitivo em todo o círculo de vida destas pessoas, inclusive sensibilizando e conscientizando os que não possuem nenhuma destas condições.
“Seja em território ou nas residências dos pacientes, nossas ações de orientação e acompanhamento têm como objetivo evidenciar a autonomia e independência dos pacientes, destacando sempre a importância de serem protagonistas da sua própria vida”, destaca Fernando.
Qualquer pessoa com Síndrome de Down ou autismo pode participar da Estratégia APD. Em casos de pessoas com deficiência intelectual, é necessário que os pacientes possuam um grau considerado leve ou moderado.
Sobre o CEJA
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
