Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi é apontado como um dos responsáveis pelo ressurgimento das atividades da organização no Iraque e na Síria
Por Patricia Scott
O líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, morreu durante uma incursão das forças militares americanas na Síria. A informação foi divulgada pelo presidente Joe Biden, nesta quinta-feira (3), em comunicado. O governo americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem à sua captura.
“Na última noite, sob minhas ordens, as forças militares dos EUA no Nordeste da Síria realizaram, com sucesso, uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados, e fazer do mundo um lugar melhor”, escreveu Biden, em comunicado emitido pela Casa Branca.
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Biden destacou ainda as habilidades e as bravuras dos militares americanos. “Graças às habilidades e bravura de nossas forças, retiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, líder do Estado Islâmico.”
Um funcionário de alto escalão do governo americano afirmou que o líder do Estado Islâmico morreu durante a operação, ao detonar uma bomba que levava junto com ele. Oficialmente, o Departamento de Defesa dos EUA confirmou em nota a operação no Noroeste sírio e afirmou que a ação fora um sucesso.
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Por outro lado, veículos de imprensa locais divulgaram uma série de ataques em Atmeh, na província de Idlib, uma das áreas onde o Estado Islâmico ainda possui posições. Foram usados helicópteros para cercar a casa, segundo testemunhas, e os integrantes das forças especiais invadiram o local.
Treze pessoas morreram na ação, incluindo seis crianças, segundo equipes de resgate e, Atmeh, próxima à fronteira com Turquia. Já fontes na Casa Branca confirmaram à AFP, que a família de al-Qurayshi está entre os mortos.
Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi nasceu no Iraque. Ele assumiu o comando do Estado Islâmico dias depois a morte de Abu Bakr al-Baghdadi, em 2019, que também foi alvo de um ataque conduzido pelos EUA na Síria.
Inicialmente, Abu Ibrahim foi encarado como ilegítimo por alguns dos apoiadores do grupo extremista. Agora, o ex-líder extremista é apontado como um dos responsáveis pelo ressurgimento das atividades da organização no Iraque e na Síria.
Com informações O Globo e Último Segundo