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sexta-feira, 26 abril 2024

Por que o pai é importante?

É o propósito de Deus que todas as pessoas tenham pai. Assim como Deus criou Adão e Eva, Ele criou também Mamãe e Papai.

Nunca foi Sua intenção que as pessoas se desenvolvessem sem os dois. Cada um cumpre uma função diferente na criação dos filhos. A nossa cultura de mãe solteira vai contra os propósitos de Deus. Quero deixar claro que Deus ama a mãe solteira. Ele se enternece com a sua situação e se oferece como Marido (Isaías 54); mas faz isso porque Ele sabe que essa não é a situação ideal.

Se os pais não fizessem falta, Deus não teria se dado ao trabalho de prover a Jesus um pai terrenal. Mas o Senhor colocou José na vida de Jesus, não apenas para lhe dar uma legitimidade social, mas também para que fosse o pai que lhe criasse. Aos 12 anos de idade, vemos que José seguia presente e envolvido na vida de Jesus. Naquela época, era aos pais judeus que se encarregava duas tarefas de enorme importância: tinha que ensinar uma profissão aos seus filhos para que tivessem como se sustentar, sustentar a sua família e não apelar ao roubo para a sobrevivência. Deveriam criar filhos produtivos. Também era o pai que tinha que ensinar a Bíblia a seus filhos. Não havia Bíblias impressas naquela época. Eram manuscritos copiados a mão pelo grande esforço dos escribas; portanto, Bíblia se aprendia memorizando. Tinha que guardar a Palavra de Deus no coração até porque poucos sabiam ler e escrever.

Sabemos que José cumpriu essas duas tarefas na vida de Jesus: deu-lhe a profissão de carpinteiro, como ele o era, e lhe ensinou a Bíblia, porque vemos Jesus lendo as Escrituras de forma precisa e cômoda no decorrer do Seu ministério. Imagino as horas que os dois passaram juntos na oficina de carpintaria onde Jesus não só aprendia a serrar mas também a memorizar a palavra de Deus.

É o pai que transmite a imagem de Deus Pai. Nosso vínculo emocional com Deus está diretamente relacionado com a nossa relação paternal, consciente ou inconscientemente. Como nos relacionamos com Deus tem tudo a ver com a forma em que nos relacionamos com as nossas figuras de autoridade, especialmente o nosso pai. Se o pai foi severo e castigador, o filho cresce sentindo que Deus é assim também. Se o pai foi bondoso e carinhoso, vamos acreditar mais facilmente nas bênçãos do Senhor. Muitas pessoas acabam tendo que curar sua relação com seu pai terrenal para pode desenvolver uma relação de intimidade emocional com Deus Pai.

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Não há dúvida que Jesus teve uma perfeita intimidade com Deus, mas devemos apreciar a pessoa de José na vida dele. Quantas horas passaram juntos na carpintaria? Quantas coisas ele ensinou para Jesus que vieram da sua própria experiência? Quanto tempo será que ele gastou investindo na vida de Jesus para que Ele tivesse uma profissão e o conhecimento bíblico? Todas essas horas que ele gastava com Jesus transmitiam a importância que Ele tinha para seu pai e que sua formação era uma prioridade na vida de José.

A Bíblia também ensina que o homem é o cabeça do lar. Uns anos quando voltava para casa atrás ouvi no rádio nos Estados Unidos que quando um jovem conhece Jesus, em torno de 17% das famílias também se convertem. Quando uma mãe conhece o Senhor uns 24 % das famílias se convertem. Mas quando o pai se converte, 94% das famílias seguem o Senhor. Acho que há uma mensagem nesses números!

Aonde a cabeça vai o corpo vai atrás. Aonde o pai for, a família seguirá. Quando o pai vai bem, a família costuma ser estável e estruturada. Quando o pai vai mal, a família tem que ir contra corrente para não arrastar a todos, e a esposa acaba assumindo uma carga que não é sua. A tarefa do pai (e da mãe) é formar a pessoa de Jesus nas suas vidas.

É o pai quem define a sexualidade dos seus filhos e das suas filhas. Da mesma maneira em que o espermatozoide define o sexo do bebe que vai nascer é também a confirmação masculina que vai definir a identidade sexual dos seus filhos e das suas filhas, segundo Gordon Dalbey. É o pai que vai reconhecer e afirmar a feminilidade da sua filha quando ela se torna mocinha. É ele que se alegra e afirma o fato de ter chegado a esta etapa do desenvolvimento da menina que se transforma em mulher. É o pai que afirma a masculinidade do seu filho e que ensina como ser homem pelo seu exemplo e guiando o menino no mapa da navegação à vida de homem adulto. Enfim, é o homem que faz a diferença.


Esly Regina Carvalho é doutora em psicologia e dirige o ministério da Praça do Encontro. Dirige também a TraumaClinic e oferece formação em terapia EMDR. É autora de vários livros cristãos e clínicos, casada com missionário aposentado e curte sua relação em família, especialmente os netos!

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