O documento destaca ainda que três milhões e meio perderam as terras para muçulmanos radicais e também para criminosos
Por Patricia Scott
“Nos últimos 20 anos, cerca de 100 mil cristãos foram assassinados”, na Nigéria. É o que revela o relatório “Persecutors of the Year” elaborado este ano pela International Christian Concern (ICC), organização que luta pelos direitos humanos dos seguidores de Jesus.
O documento destaca ainda que três milhões e meio de cristãos perderam as terras para muçulmanos radicais e também para criminosos. No entanto, “o governo praticamente não fez nada”.
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“Os islâmicos radicais estão incorporados ao governo”, explica Jeff King, presidente da International Christian Concern (ICC). Segundo o especialista, eles “possuem os órgãos do Estado”, incluindo o exército, a agência de inteligência e a polícia. Assim, qualquer progresso é dificultado.
King destaca que uma das ironias é que a população cristã, na Nigéria, é enorme. “Quase metade da população é cristã. E uma proporção assim tão grande faz com que o problema da perseguição pareça confuso para quem está de fora”.
O especialista esclarece que questões geográficas, como também populacionais, estão no centro o grave problema. “O que temos visto nos últimos 10, 20 anos, é que os cristãos foram expulsos do norte. Agora, a batalha chegou ao centro do país, que era em grande parte cristão, e agora eles estão sendo expulsos também. Agora os ataques estão indo para o sul”, detalha Jeff.
No país africano, os tipos de violência contra os cristãos são múltiplos: opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, corrupção, sequestros, crime organizado, além da destruição de templos. Desse modo, a Igreja enfrenta muitos desafios. Cabe destacar que a nação está na 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, elaborada por Portas Abertas.
Por isso, na Nigéria, a Portas Abertas trabalha em parceria com igrejas locais para fortalecer os cristãos. A instituição missionária oferece treinamento de preparação para a perseguição e discipulado, cuidados pós-trauma, ajuda emergencial e projetos de desenvolvimento econômico. Para contribuir com esse trabalho, acesse o link. Com informações Portas Abertas