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quarta-feira, 1 maio 2024

Ucrânia: tradutores da Bíblia trabalham em abrigos antiaéreos

Foto: unfoldingWord

Em meio à guerra, o trabalho permanece para que as pessoas tenham acesso à Palavra na língua materna  

Por Patricia Scott

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já pouco mais de dois anos. Mesmo assim, os missionários tradutores da Palavra de Deus persistem no trabalho em abrigos antiaéreos em território ucraniano.

O tradutor Steven K*compara a situação da Ucrânia à dor de um câncer incurável devido à dificuldade inimaginável enfrentada por milhões de pessoas. De acordo com ele, a situação piora a cada dia na Ucrânia, com ataques diários de foguetes que duram de três a cinco horas, além da falta de água quente há meses.

Devido ao risco constante de ataques de foguetes, os tradutores priorizam a segurança das pessoas que os acompanham. “A falta de um local fixo para traduzir a Bíblia nos deixa sem estabilidade, nos obrigando a mudar de ambiente frequentemente, de uma câmara fria em um abrigo antiaéreo para uma estação de metrô movimentada”.

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Mesmo diante dos perigos, Steven ressalta a importância de levar a Palavra de Deus às pessoas na língua materna. “Continuamos traduzindo a Bíblia para mais de 540 línguas faladas nos países da antiga União Soviética. Isto afeta mais de 161 milhões de pessoas na Ucrânia e em outros países controlados pela antiga União Soviética. Elas precisam ouvir a Palavra de Deus na língua materna e não em russo”.

O tradutor contou que no final de 2023 foram concluídas as traduções 1 e 2 Timóteo, 2 João e dos livros de Obadias, Ester e Esdras. “Se a situação não piorar, começaremos agora a traduzir o livro de Neemias”, relata.

Steven diz que o trabalho que realizam é por aqueles de outros países que foram forçados a falar russo durante mais de 70 anos sob o domínio da antiga União Soviética. “Muitos nunca se tornaram fluentes em russo e, hoje, a maioria continua a utilizar a língua materna em casa”. Por isso, “eles precisam que esse trabalho continue, porque necessitam de acesso à Palavra de Deus na linguagem do coração”.

Em meio ao conflito, ele observa que a Igreja na Ucrânia se tornou um refúgio para muitas pessoas, independentemente de sua nacionalidade ou status social. “Agora, mais do que nunca, tanto os líderes leigos como os ministros da igreja precisam de apoio moral e espiritual”.

Os suprimentos de ajuda humanitária estão diminuindo devido à escassez de voluntários e doadores. Com o aumento dos preços dos alimentos e da energia, as famílias lutam para se manterem aquecidas e alimentadas. Com informações Premier

*nome alterado por questão de segurança 

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