Apesar de todas as proibições, a igreja no país “está crescendo em número e, se Deus quiser, continuará a crescer”, diz um líder tajiqui
Por Patricia Scott
Durante uma reunião com líderes protestantes, o governo do Tajiquistão anunciou que não registrará mais igrejas. O país, de maioria muçulmana, está em 45° lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, elaborada por Portas Abertas, que elenca as 50 localidades mais difíceis para os cristãos.
Um cristão revelou que conhece cerca de 20 igrejas que não são registradas no país asiático. A lei determina que essas comunidades de fé não podem realizar cultos.
“Nós nos reunimos para adoração sem registro, mas temos medo de que as autoridades possam nos punir a qualquer momento”, detalhou o cristão.
Vale salientar que a notícia preocupa os líderes cristãos no país. Isto porque sem o registro estatal toda atividade religiosa é considerada ilegal, o que pode acarretar punição.
A legislação do Tajiquistão prevê que cristãos que participam de igrejas não reconhecidas pelo governo podem ser multados em até meses de salários. Um grupo de discípulos de Jesus, em janeiro de 2022, foi multado por exercer a liberdade religiosa sem a permissão do Estado.
Estão proibidos de participar de qualquer atividade da igreja os menores de 18 anos, incluindo retiros, segundo as autoridades, que consideram que eles não possuem direito à liberdade de crença
Firmes na fé
A nova lei significa um golpe na liberdade religiosa no Tajiquistão. No entanto, os cristãos permanecem firmes em Jesus e envolvidos na evangelização.
“A boa notícia é que, apesar de todas as proibições, a igreja no Tajiquistão está crescendo em número e, se Deus quiser, continuará a crescer. Hoje, há muitos jovens envolvidos no trabalho evangelístico e a Boa Nova está se espalhando”, revelou um líder tajiqui.
Ele pediu oração aos cristãos ao redor do mundo: “Por favor, ore por nós, independente do governo registrar igrejas ou não, para que permaneçamos fiéis ao nosso Senhor Jesus Cristo e continuemos sua obra enquanto vivemos”.
Com informações Open Doors