Também conhecida como a Síndrome do Esgotamento, ela atinge 30% dos trabalhadores e afeta cada vez mais pastores, líderes e membros.
Por Cristiano Stefenoni
O que estava restrito apenas ao mercado de trabalho, chegou às igrejas. A Síndrome de Burnout – cujo termo vem do inglês e significa “apagar”, no sentido de “esgotar” – tem atingido cada vez mais pastores, líderes e membros.
Também conhecida como a “Síndrome do Esgotamento”, ela já atinge 30% dos trabalhadores brasileiros e caminha para ser o novo “mal do século”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No meio eclesiástico, esse “esgotamento” se dá, em grande parte, ao acúmulo de tarefas para uma pessoa, tendo ela um cargo ou não. Isso acaba por trazer muitos problemas para a saúde física, mental e espiritual, além de poder causar brigas no casamento, inimizades, trabalho mal feito, entre outros transtornos.
Como ainda é um assunto novo e pouco discutido nas igrejas, existem várias estratégias já utilizadas no mercado para ajudar a combater a Síndrome de Burnout e que podem ser muito úteis na igreja.
Entre elas estão as definidas pelo executivo da Ploomes na América Latina, Octavio Garbi. O especialista elaborou oito dicas que podem ser adaptadas ao trabalho eclesiástico. Confira:
Metas realistas
Certifique-se de que as metas das atividades e o alvo de batismos de sua igreja sejam alcançáveis. Pressionar os membros, líderes e pastores constantemente por resultados inatingíveis pode levar ao estresse e ao esgotamento.
Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Crie uma cultura eclesiástica que valorize o equilíbrio entre a igreja e vida pessoal, de forma que isso ajude a promover um ambiente mais saudável.
Treinamento e suporte contínuo
Forneça o treinamento adequado para desenvolver habilidades dos líderes e membros da igreja e ofereça um suporte humano e próximo de forma contínua ao longo do tempo.
Ferramentas e recursos adequados
Analise as ferramentas de seus líderes da igreja e certifique-se que tenham os recursos necessários como um bom trabalho.
Canais abertos de comunicação
Crie um ambiente onde todos da igreja, em especial os que trabalham nela, se sintam à vontade para expressar suas preocupações e desafios. Estabeleça canais de comunicação abertos, como reuniões individuais, feedback regular e sessões de brainstorming para incentivar a troca de ideias.
Reconhecimento e valorização
Reconheça o trabalho e os sucessos dos pastores, líderes e membros. Incentive um ambiente de trabalho positivo, onde o reconhecimento seja dado de forma justa e consistente.
Equilíbrio e responsabilidade
Evite sobrecarregar os membros da igreja com um volume excessivo de trabalho. Equilibre as responsabilidades e fique disponível para eles para que lidem melhor com suas demandas.
Cuidado com a saúde física e mental
Eduque os líderes sobre a importância do autocuidado e forneça recursos que os ajudem a cuidar da sua saúde física e mental.