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sexta-feira, 26 abril 2024

“Paixão que falta na adoração congregacional”, diz pastor

Imagem ilustrativa - Foto: Reprodução

O cristão só consegue ser liberto quando a prática for  combatida a partir da substituição pelo amor de Deus

Por Patricia Scott

Geralmente, o esporte contagia multidões. O futebol, por exemplo, é a paixão do brasileiro. No entanto, o pastor e teólogo Mark Jones, da igreja Faith Presbyterian Church, em Vancouver, Canadá, advertiu os cristãos quanto ao perigo de tanto fascínio acabar em idolatria.

Assim, o líder religioso destacou como é possível o cristão cair na armadilha do erro de idolatrar um time ou uma prática esportiva. “Louvor incessante, canções apaixonadas, desejo de vencer, unidade de espírito, adoração direcionada, lamento pelas falhas, lotação máxima, e tudo em um lindo santuário. Isso pode soar como um culto religioso, mas na verdade foi a experiência que tive há alguns anos em um jogo de futebol profissional na Inglaterra”.

Segundo o pastor, que já foi atleta e treinador, “apesar do lugar, foi encorajador ouvir homens cantarem com paixão. Uma paixão que muitas vezes falta na adoração congregacional”. Ele pontuou ainda que os fãs de esportes evidenciam como homens e mulheres foram feitos para adorar, celebrar a glória e admirar a excelência.

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“Nós somos adoradores. Não está em questão se adoramos, mas o que ou quem adoramos. E atualmente, muitos adoram os esportes de uma forma ou de outra”, pontuou Jones, acrescentando que “praticar esportes e torcer pelo time favorito não é necessariamente um problema. Porém, como tudo na vida cristã, devemos aprender a administrar sabiamente os dons de Deus”.

Mark explicou que o Senhor criou o ser humano para ter bons desejos, como amar e expressar alegria. No entanto, muitas vezes, a natureza humana pecaminosa corrompe facilmente esses desejos e faz com que o homem ame coisas que não deveriam amar, ou da forma ou intensidade que não se enquadram nos propósitos dados por Deus.

Alegria passageira

Por isso, de acordo com Mark, para avaliar se o esporte foi transformado em objeto de idolatria é preciso que o cristão pergunte a si mesmo: “O nosso amor pelo esporte nos afasta do culto coletivo no Dia do Senhor ou nos distrai consistentemente durante o culto?”, “O nosso prazer nos esportes está prejudicando alguém – inclusive a nós mesmos?”.

O pastor afirmou também que “alguns homens podem ficar tão angustiados ou zangados quando o seu time perde que descarregam a raiva nos outros, até mesmo nos próprios familiares. Isto é uma violação do sexto mandamento”.

Mark ponderou ainda: “Não é incrível como podemos ficar tão irritados com homens suados com os quais não temos nenhum relacionamento e que usam uma camisa de cor diferente do outro grupo? Nenhum desses homens suados dá a mínima para os meus sentimentos”.

Ele salientou que a alegria causada por eventos esportivos são passageiras. “Mesmo quando o seu time vence o campeonato, a alegria dura pouco: agora começa a próxima temporada, onde nos preocuparemos com o treinamento ou com a qualidade dos jogadores recém-contratados”.

Amor de Deus

A idolatria pelo esporte, disse o pastor, só pode ser combatida quando ocorre a substituição pelo amor de Deus. “Como filhos, o amor a Deus Pai (1 João 3.1) é um deleite que nos liberta da escravidão pela glória do esporte. Portanto, a não ser que o nosso amor a Deus esteja baseado em tudo o que Ele fez e fará por nós, ficaremos cada vez mais viciados em atividades mundanas, como os esportes”.

Ele compartilhou que “tanto o amor pelo Pai como a esperança de sermos semelhantes a Cristo gera a paixão de oferecer adoração a Deus, e não aos esportes. Assim, isso será central na nossa vida cotidiana como povo de Deus”.

Para finalizar, o pastor Mark chamou a atenção dos torcedores cristãos: “Se os torcedores dos times conseguem se reunir toda semana para se sentar em um lugar quente e desconfortável, cantando em voz alta e gritando para estimular a sua equipe à vitória, não deveríamos também ser capazes de nos reunir com os nossos irmãos e irmãs para celebrar com mais entusiasmo as vitórias do nosso Rei e as suas glórias eternas?”. Com informações Voltamos ao Evangelho 

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