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sábado, 27 abril 2024

Nem sempre a nossa lógica confirma o lógico!

Quando o Senhor chama, Ele orienta e capacita. Não devemos focar exclusivamente na nossa lógica, mas buscar bênçãos espirituais

Li em algum lugar a história de um menino que respondeu na prova que “o Tratado de Tordesilhas foi assinado no final da folha”. Conforme seu lógico ponto de vista, ele estava correto, mas a visão do professor era outra. Resultado: ganhou zero na questão.

É lógico que “dinheiro não nasce em árvore”. Contudo, dinheiro é de papel feito com fibras de celulose que vêm da madeira extraída da árvore. Ao dizer que “dinheiro não nasce em árvore”, eu posso estar certo ou estar errado. Depende do seu ponto de vista.

Todo cristão deseja o Céu, mas ao ser indagado se ele quer morrer logo, a resposta é não. Aqui, é bem provável que o medo da morte seja porque poucos são adoradores “em espírito e em verdade” (João 4: 23), daí a grande dificuldade em se “aprender” a morrer. 

Por meio de nossa lógica não entendemos como Noé pregou por 120 anos sem ninguém se converter, e Jonas pregou a menor mensagem da história (uma frase) é uma cidade inteira converteu-se. Também, não entendermos como um amador da antiguidade construiu uma arca e triunfou, enquanto o Titanic foi desenvolvido por profissionais qualificados e fracassou.

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Em verdade, no negócio de Deus, a lógica é d’Ele. Deus vê, pensa e age diferente de nós, porque os Seus caminhos e os Seus pensamentos são mais altos do que os nossos (Isaías 55: 9). Por exemplos: a viúva fenícia, de Sarepta, não tinha um plano para continuar vivendo, mas Deus tinha (I Reis 17). Os discípulos não tinham um plano para alimentar uma multidão com apenas cinco pães e dois peixinhos, mas Deus tinha (João 6). O perseguidor Saulo não tinha um plano para se transformar no missionário Paulo, mas Deus tinha (Atos 9).

Assim, ao examinarmos a Bíblia não podemos esquecer de que uma interpretação desconectada de seu contexto pode nos conduzir a desvios perigosos, porque com o empirismo exegético e a fragilização hermenêutica potencializam-se possibilidades especulativas. E, consonante com a nossa lógica, corremos o risco de impormos lições ao texto, em vez de extrairmos ensinamentos dele.

Por tudo isso, é indispensável discernimento para não focarmos exclusivamente na nossa lógica e buscarmos bênçãos materiais em detrimento às espirituais, porque o primeiro Adão que era material nos legou morte; mas, o segundo Adão que é espiritual, nos legou vida, visto que aquele era alma vivente, e este espírito vivificante (I Coríntios 15: 45). 

Alguns estudiosos afirmam que Deus fala sussurrando em nossos ouvidos; mas, quando Ele precisa nos corrigir, submete-nos a uma situação adversa. Analise alguns episódios da vida dos profetas e a história bíblica dos judeus, e você verá que isso faz sentido. Particularmente, não tenho dúvida de que Deus nos fala por meio de determinadas circunstâncias e nós, algumas vezes, continuamos esperando a resposta, exatamente porque, com a nossa “lógica”, focamos o problema e não a solução.

Deus realmente é diferente dos homens! Quando se esgota a força do argumento, os homens usam o argumento da força. Quando se esgota o argumento do amor, Deus usa a força do amor. Enquanto os homens selecionam pessoas capacitadas para os seus projetos, Ele prepara aqueles chamados para realizar a Sua obra.

Finalmente, se você tem convicção de que Deus está convocando-o para uma missão específica, ainda que ela não esteja em seus planos e seja lógico o seu despreparo, não vacile, obedeça e vá em frente! Quando o Senhor chama, Ele orienta e capacita. Ele capacita os Seus escolhidos.

Clovis Rosa Nery é psicólogo, pesquisador e escritor

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