Com o julgamento marcado para este mês, o jogador brasileiro foi acusado de violência sexual contra uma mulher de 23 anos
O Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido do Ministério Público da Espanha para que o julgamento de Daniel Alves, acusado de abuso sexual, fosse realizada a portas fechadas. A decisão dos magistrados foi de realizar as sessões de forma aberta, com a presença da imprensa, mas captações de áudio e imagem estão vetadas. Também foram determinadas medidas de proteção à identidade da vítima, conforme informado pelo jornal espanhol El Periódico.
A mulher de 23 anos que denunciou ter sido violentada sexualmente por Daniel Alves, na casa noturna Sutton, prestará depoimento atrás de um biombo. Além disso, a imagem dela será reproduzida em vídeo, mas pixelizada, e a voz será distorcida com efeitos especiais. De acordo com o despacho, as medidas visam “evitar que a imagem ou a voz da vítima seja posteriormente divulgada publicamente”.
O Tribunal faz diversas exigências aos presentes, como proibir expressamente “a divulgação ou publicação de informações relativas à identidade da denunciante” e até a captura de imagens de parentes da mulher que possam prestar depoimento. Durante todo o julgamento, o nome dela jamais será falado e devem referir-se à ela apenas como “a denunciante”. Na primeira semana deste ano, Lúcia Alves, mãe do ex-jogador, divulgou nas redes sociais a suposta identidade da jovem.
Ao justificar a decisão, o despacho defende que a publicidade de processos judiciais está de acordo com princípios constitucionais e tem objetivo de garantir transparência aos cidadãos sobre a atuação da Justiça, assim como de dar ao réu a garantia de que ele não será julgado de “forma clandestina ou oculta”. Com informações Agência Estado