22.1 C
Vitória
sábado, 27 abril 2024

Como educar jovens sem desviá-los da fé cristã?

A cada dez cristãos que ingressam na faculdade, sete abandonam a fé. Isso mostra que o discurso de neutralidade da escola é completamente falso

Por Rodrigo Mocellin

Por que tantos pais cristão estão vendo seus filhos se desviarem dos caminhos do Senhor? Mesmo em famílias piedosas, é comum vermos pais frustrados com filhos que se parecem mais com ídolos pop do que com Cristo Jesus. É nesse momento que a culpa em forma de palavras brota de nossas almas: “Onde foi que eu errei?”. A resposta é óbvia, mas insistimos em negar: a escola.

Enviamos nossos pequenos para colégios romanos. Lá eles são expostos a conteúdos romanos por, no mínimo, 15 anos, de segunda a sexta-feira, por 5h diárias – e em algumas instituições em período integral. Seus colegas são romanos: vestem-se, falam e comportam-se como tais. Mas, depois dessa exposição a uma cultura totalmente diferente da nossa, ficamos surpresos com o fato de que nossos jovens voltam para casa como romanos, repudiando o cristianismo.

David Martyn Lloyd-Jones, um dos grandes pregadores do século passado, disse: “As crianças estão aprendendo coisas perversas nas escolas”. Charles Hodge afirmou: “Um sistema centralizado de educação, separado da religião, revelará o mais terrível mecanismo para a propagação da descrença anticristã e ateísta.” E, ele está certo. A cada dez cristãos que ingressam na faculdade, sete abandonam a fé. Isso mostra que o discurso de neutralidade da escola é completamente falso.

- Continua após a publicidade -

Como a escola é pública e visa atender pessoas das mais variadas crenças, ela precisou fingir por décadas uma pseudoneutralidade. Agora, contudo, eles não ocultam mais que possuem uma filosofia humanista, contrária à fé cristã, que dá base a toda a educação que prega. Ideologia de gênero, religiões politeístas, socialismo, darwinismo e tantas outras heresias são ensinadas às claras. Sim, eu usei a palavra heresia para me referir às mentiras propagadas na escola, afinal, os colégios atuais se tornaram um templo em que todos os mais variados deuses são adorados, menos Jesus.

Mas o que fazer, se muitos colégios cristãos também adotaram agendas progressistas e, mesmo quando conseguimos achar uma boa escola cristã, ela não é acessível financeiramente à maioria de nós? Resta-nos cruzar os braços e ver nossos filhos entrarem na linha de montagem da indústria da educação, que, como um rolo compressor, é uma fábrica de moer cérebros e destruir corações? Não! Há uma esperança acessível a qualquer um: homeschooling.

De acordo com os dados da Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), já existem 35 mil famílias e mais 70 mil estudantes – entre 4 e 17 anos – adeptos ao ensino domiciliar no Brasil. Praticam o modelo educacional no qual os pais ou responsáveis lecionam para os jovens em casa. Esse método oferece não apenas um aprendizado mais eficiente, mas também um ambiente seguro, livre de influências negativas ou violências.

Além de uma educação saudável, com base nos preceitos bíblicos, a prática também possibilita a autonomia para os pais escolherem a melhor forma de educar e também ajuda a preservar os estudantes dos problemas presentes nas instituições de ensino públicas e privadas. O homeschooling não é coisa de rico nem está acessível apenas àqueles que possuem um alto nível cultural, ele está ao alcance de todos e traz inúmeros benefícios para o crescimento saudável das nossas crianças.

Rodrigo Mocellin é pastor, teólogo, especialista em educação domiciliar e autor do livro Homeschooling ao alcance de todos (Editora Vida).

Mais Artigos

- Publicidade -

Comunhão Digital

Continua após a publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

Entrevistas