O Exército israelense destacou que “constitui uma violação flagrante da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU e um atentado à liberdade religiosa”
Por Patricia Scott
O conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas prossegue sem sinais de que, em breve, terá um fim. No próximo dia 7 de janeiro, a guerra completará três meses.
Assim, as consequências avassaladoras têm atingido milhares de inocentes ao longo de quase 90 dias. Agora, de acordo com o governo israelense, o Hezbollah disparou um míssil antitanque contra uma igreja ortodoxa grega no norte de Israel, na última terça-feira (26). Dois cristãos ficaram feridos.
Quando as tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) chegaram para evacuar os atingidos, o grupo terrorista realizou novos disparos ocorreram contra a igreja. O ato violento feriu nove soldados israelenses, um deles gravemente.
Em comunicado, o Exército israelense destacou que “este ataque não só constitui uma violação flagrante da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, mas é também um atentado à liberdade religiosa”. Aprovada para pôr fim à guerra entre Israel e o movimento Hezbollah em 2006, a resolução 1701 estipula que apenas o Exército libanês e a Força Interina da ONU no Líbano (Unifil, na sigla em inglês) podem ser mobilizados entre a fronteira e o rio Litani.
Logo após, o grupo terrorista atacou Israel a partir de uma mesquita no sul do Líbano. Esses episódios evidenciam a intensificação dos combates na região. O governo israelense afirmou que o Hezbollah tenta atrair os militares para outro conflito ao longo da fronteira com o Líbano e a Síria.
“O Hezbollah está tentando arrastar o Líbano e a região para esta guerra que o Hamas iniciou. Se continuar, eles arcarão com as consequências e a responsabilidade pelo resultado”, reforçou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o contra-almirante Daniel Hagari.
Dentro desse contexto, as autoridades israelenses voltaram a salientar que o Irã apóia os três inimigos de Israel: Houthis, no Iémen, Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano. Este último atacou Israel a partir do norte logo após o Hamas iniciar o conflito perto de Gaza, em 7 de outubro. Desse modo, o Hezbollah tem aumentado os ataques desde então contra com Israel, que contra-ataca.
Recentemente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, escreveu em um artigo de opinião publicado pelo Wall Street Journal: “O Hamas deve ser destruído, Gaza deve ser desmilitarizada e a sociedade palestina deve ser desradicalizada”. De acordo com ele, depois que esses objetivos forem alcançados, Gaza poderá ser reconstruída e “as perspectivas de uma paz mais ampla no Oriente Médio se tornarão uma realidade”. Com informações CBN News