“Não devemos celebrar os mortos nem ter comunicação com eles. Isso não está certo diante de Deus”
Por Patricia Scott*
No México, nos dias 1 e 2 de novembro, é comemorado o Dia dos Mortos como uma festa de origem indígena sincretizada com celebrações católicas, especialmente o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos. Os mexicanos costumam ir aos cemitérios visitar as sepulturas e também preparam um altar com vários elementos. Eles acreditam que durante a data, as almas são autorizadas a visitar os parentes vivos.
Por isso, o presidente da Rede Evangélica do Estado de Veracruz, Guillermo Trujillo Álvarez, esteve com o gerente da secretaria de Educação de Veracruz (SEV), Víctor Vargas Barrientos, na última segunda-feira (23). O encontro teve como objetivo pedir que o poder público respeite a decisão das famílias evangélicas e não obrigue os estudantes a celebrarem a data.
“O Dia dos Mortos é uma tradição mexicana que nós não praticamos, mas também não gostamos que os nossos filhos sejam obrigados a participar e celebrar. Viemos fixar nossa postura”, ressaltou Álvarez, acrescentando que os evangélicos ensinam a comunidade a honrar, amar e servir as pessoas enquanto estão vivas.
Trujillo Álvarez afirmou que nenhuma criança pode ser forçada nas escolas a praticar o Dia dos Mortos, tendo vista a constituição, os direitos da criança e os direitos humanos.
Assim, os pastores da Rede Evangélica de Veracruz redigiram um documento à SEV para solicitar que os educadores não obriguem os estudantes evangélicos a celebrar a tradição mexicana.
“Não devemos celebrar os mortos nem ter comunicação com eles. Isso não está certo diante de Deus, por isso nossos filhos são educados para ter uma fé em Jesus Cristo que é vida”, explicou Trujillo.
O pedido dos pastores evangélicos surge como resposta a reclamações, principalmente das regiões Sul e Norte do estado de Veracruz, como também de outras comunidades. Nessas localidades, a tradição do Dia dos Mortos está enraizada.
Desse modo, alguns educadores dessas regiões pressionam as crianças a participarem da festa. Caso contrário, elas podem ser punidas academicamente.
Mesmo respeitando as tradições, disse Trujillo, os evangélicos entendem que há temas espirituais que, com base nas Sagradas Escrituras, não devem ser celebrados. Ele aguarda o recebimento do documento com a resposta da SEV para enviá-lo aos pastores do Estado de Veracruz. *Com informações Evangelico Digital
