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terça-feira, 30 abril 2024

‘Rei Yeshua’ em letra de Cláudia Leitte gera debate

Cantora Cláudia Leitte. Foto: Reprodução / Alex Carvalho.
Cantora Cláudia Leitte. Foto: Reprodução / Alex Carvalho.

Pastor alerta para cuidados com a inserção da música cristã em ambiente secular após Cláudia Leitte trocar “rainha Iemanjá” por “Rei Yeshua” em música

Por Victor Rodrigues 

Após a polêmica protagonizada por Baby do Brasil e Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador 2024, internautas trouxeram outra situação que gerou debates entre evangélicos e foliões nesta semana. Trata-se de um vídeo em que Claudia Leitte modifica a letra da música “Caranguejo” (2004), que voltou a circular desde quarta-feira (14).

Nas imagens gravadas em 2014, a cantora se apresenta num evento e, no meio da música, troca a frase “saudando a rainha Iemanjá” por “só louvo meu Rei Yeshua”. Com toda o burburinho no entorno do anúncio do arrebatamento feito por Baby do Brasil no últmo sábado (10), o resgate do vídeo de Claudia gerou polêmica e debates.

“Quando falamos em respeitar a diversidade, temos que respeitar até mesmo aquilo que não nos representa. Ela é baiana, cantora, artista e cristã. Ela tem o direito de cantar o ritmo que a representa e tem o direito de professar a fé em que crê. Não há desrespeito, há diversidade!”, escreveu um internauta, no X (antigo Twitter). 

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Outro usuário condenou o posicionamento da artista. “Mas o dinheiro do Axé ela não abre mão de nenhum centavo. Demonizar as coisas ‘do mundo’ ok, mas abrir mão do conforto que esse mundo proporciona, jamais”, criticou o internauta, no X (antigo Twitter).

Atilano Muradas. Foto: Arquivo Pessoal.
Atilano Muradas. Foto: Arquivo Pessoal.

Motivo de reflexão 

Para o pastor, escritor e músico Atilano Muradas, situações como esta, em que cantores vão modificar suas letras, serão cada vez mais comuns nos próximos anos. Afinal, existe um movimento crescente dos evangélicos na sociedade brasileira.  

“De 50 anos para cá, os evangélicos já representam 35% da população brasileira. Praticamente todo mundo tem um ‘crente’ na família ou já comprou algo num comércio que tem nome bíblico. A mídia, as novelas e os filmes, agora, falam muito mais nos crentes e as músicas evangélicas ganharam projeção nacional. Hoje, os artistas gospel são tão populares quanto os da música secular”, inicia Atilano. 

O pastor ainda lembra que expressões como “bênção”, “aleluia”, “misericórdia”, “sangue de Jesus tem poder” e “tá amarrado” passaram a fazer parte do vocabulário nacional. Juntando isso a músicas cristãs que estouraram a bolha gospel e entraram em repertórios de shows de artistas seculares, como “Entra na Minha Casa” e “Segura na Mão de Deus”, a ação de Claudia Leitte será vista em outras diversas situações até se tornar corriqueira. 

Para Atilano, é direito de qualquer pessoa expressar sua fé, mas é necessário ponderar algumas coisas. “Existe um limite para isso? Sim, existe! Se alguma atitude desses artistas ultrapassar os princípios da Bíblia, então ele estará cometendo pecado. A regra é a mesma para qualquer outro profissional”, finaliza Atilano.   

O pastor também enfatiza a existência dos “João Batistas” de nossos dias que, por meio dessas atitudes um tanto “inesperadas” na atualidade, acabam alcançando locais que outros crentes não conseguem chegar. “Em meio a tudo isso seria óbvio esperar que muitos cantores seculares se convertessem ao Evangelho e mudassem de carreira ou, pelo menos, permanecessem nela com mais moderação a certos hábitos”, destaca. 

“Cláudia Leite, chocou seus fãs trocando certas palavras de suas músicas, porque ela já não pensa assim. Também não há novidade nisso. Roberto Carlos, por exemplo, deixou de cantar ‘E que tudo mais vá pro inferno’ por questões religiosas. Ele, católico devoto, não concorda mais em mandar as pessoas para o inferno. A Baby do Brasil, desde que se converteu, vem substituindo várias palavras em algumas de suas famosas canções, e tudo bem”, completa Muradas. 

Para aqueles que querem se aprofundar no assunto, Atilano Muradas, escritor do livro “A Música Dentro e Fora da Igreja’, disponível no site da Editora Muradas, trabalha em 17 capítulos temas como: música profana e música cristã; músicos cristãos tocando secularmente; é permitido ouvir música secular?; música com crianças; o coro da igreja; como formar uma banda; como gravar um CD; cristãos no Carnaval; e muitos outros.

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