Tal procedimento viola o direito dos pais de dirigir a educação dos filhos, segundo a advogada Kate Anderson
Por Patricia Scott
O Distrito Escolar Público de Rockford, em Michigan, nos EUA, está sendo processo por ter incentivado uma criança à transição de gênero sem o consentimento dos pais. Dan e Jennifer Mead demonstraram preocupação pela forma como os direitos dos pais estão sendo prejudicados.
“Enquanto trabalhávamos com a escola para abordar as necessidades acadêmicas de nossa filha em relação ao autismo, chegou ao nosso conhecimento que o colégio estava ativamente enganando e escondendo o fato de que estavam fazendo a transição de nossa filha de uma menina para um menino, usando o nome e os pronomes de um menino”, detalhou Dan.
A situação foi descoberta pelos pais ao receberem uma documentação na qual um funcionário da escola “esqueceu inadvertidamente de mudar um desses nomes e pronomes masculinos”. De imediato, Jennifer considerou que era um erro, acreditando que o nome e as informações pertenciam ao filho de outra pessoa.
Por isso, ela decidiu enviar um e-mail para a escola para obter informações. No entanto, a instituição não respondeu. Foi, então, que Jennifer começou a questionar: “’Por que eles não responderam a um e-mail sobre informações importantes como esta?’”. Depois, quando o casal descobriu o que realmente estava acontecendo, ela ficou em “choque”.
Jennifer relatou que percebeu que a filha estava enfrentando algum problema. A menina não queria mais frequentar a escola, além de apresentar nível alto de ansiedade e depressão. “Estávamos trabalhando com a conselheira escolar Erin Cole muito de perto para criar um plano para ela”, salientou e emendou: “Também compartilhávamos informações pessoais sobre o que estava acontecendo dentro da nossa rotina familiar, e pensei que estávamos sendo transparentes”.
Violação de direitos
Na mochila da filha, o casal encontrou um livro “muito explícito”, que supostamente foi entregue à menina pela conselheira da escola. Dan contou que o livro aborda a história de um “relacionamento” homossexual entre dois meninos.
“Tivemos uma reunião com o diretor do colégio. Ele nos disse: ‘Olha, você tem que entender que esta é a política da escola. Somos obrigados a fazer isso. Os desejos das crianças superam os dos pais, e não há muito que possamos fazer a esse respeito’”, relembrou Dan.
De acordo com Kate Anderson, advogada da empresa cristã “Alliance Defending Freedom” (ADF), que representa o casal, tais políticas se tornaram “muito difundidas” em alguns locais dos EUA. Nesses distritos, os pais não são informados sobre as mudanças nos pronomes dos alunos.
A advogada explicou que tal procedimento viola o direito dos pais de dirigir a educação dos filhos. Kate também pontuou que os pais devem ser incluídos em decisões importantes na vida dos filhos. “Uma escola nunca deve esconder informações dos pais”.
Justiça
Responsabilidade
Após o difícil período, o casal informou que a filha “não está mais confusa”. Segundo os pais, a menina sabe que é amada e pode conversar com ambos sobre todos os assuntos. “Ela está avançando, feliz e as notas estão altas. É uma criança diferente e é maravilhoso que a tenhamos de volta”, frisou Jennifer.
Dan destacou que o assunto poderia ter sido ignorado pela família para evitar o caos. Porém, ele considerou que tinha a responsabilidade de falar e agir.
“Com quantos outros pais fizeram a mesma coisa antes de nós? Quantos virão atrás de nós? E se tivesse que olhar para outro pai ou mãe e dizer: ‘Isso aconteceu conosco também, mas não fizemos nada’. Não sei como poderia lidar com a situação”, ponderou Dan.
Ele enfatizou que deseja, assim como a esposa, impedir que o mesmo ocorra com outras famílias. A escola “não pode mentir para os pais nem reter informações, alterar documentos”. Com informações CBN News