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domingo, 28 abril 2024

A orientação bíblica para o rebatismo

O batismo cristão representa a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, e o testemunho de nossa morte para o pecado, e ressurreição espiritual para a nova vida em Jesus. Foto: divulgação/ reprodução internet

A prática de rebatizar é bíblica, mas indicada apenas em alguns casos para não banalizar algo tão sagrado como o batismo.

Por Cristiano Stefenoni

A Bíblia é muito clara ao dizer: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Efésios 4:5). Mesmo assim, a prática do rebatismo é comum na maioria das igrejas cristãs, seja por mudança de denominação seja por retorno à fé após um tempo afastado de Deus. Mas o rebatismo é bíblico? Se sim, ele é válido em que situações?

Com mais de 40 anos de experiência pastoral e centenas de batismos realizados, o pastor Wilson Roberto de Borba, que também é bacharel em línguas bíblicas, mestre em teologia, mestre em Sagrada Escritura e doutor em missão, diz que a Bíblia não deixa dúvidas sobre o rebatismo. Ele cita, inclusive, o texto de Atos 19:1-6, onde o apóstolo Paulo encaminhou doze homens efésios para que se batizassem novamente.

O pastor explica que a cidade de Éfeso era o centro do culto promíscuo de adoração à deusa Diana. Antes da conversão, cristãos efésios praticavam artes mágicas e ocultas as quais abandonaram (vers. 18, 19).

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“Um só batismo. A própria palavra grega significa ‘imersão’. O batismo cristão representa a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, e o testemunho de nossa morte para o pecado, e ressurreição espiritual para a nova vida em Cristo (Romanos 6:1-6; Gálatas 2:20). Tomando em conta que religiões pagãs também tinham batismos, o apóstolo está falando sobre a natureza autoritativa do batismo bíblico em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28:18)”, explica o pastor Wilson Borba.

Rebatismo é mais indicado em casos de afastados que retornam

Segundo o pastor, quando o primeiro batismo é sincero e consciente, mas a pessoa decide seguir para outra denominação, por exemplo, fica a cargo do membro e da igreja chegarem a um consenso se há ou não a necessidade de se batizar novamente, dentro da realidade das novas doutrinas aprendidas. Mas já no caso de afastamento da igreja e a volta de práticas contrárias ao cristianismo, o ideal, segundo o pastor, é optar pelo rebatismo.

“Nesses casos, o rebatismo é indicado àqueles ex-membros que, depois de seu preparo batismal e terem feito os sagrados votos do batismo, de modo voluntário e público, vieram a negar sua fé por uma apostasia deliberada, contínua e pública identificando-se com a vida ímpia anterior ao batismo”, afirma.

Santa Ceia não substitui o batismo

Outro ponto abordado pelo pastor Wilson é quanto a prática da Santa Ceia como substituto ao batismo. Ele explica que, apesar de algumas simbologias parecidas, ambas têm propósitos diferentes.

“O batismo é uma cerimônia para entrar no Reino de Deus (João 3:5). A Ceia do Senhor é uma cerimônia para discípulos de Cristo, que já pertencem ao Reino de Deus. A Ceia do Senhor não pode substituir o rebatismo. São casos diferentes. Na cerimônia do lava-pés Jesus declarou: ‘quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais está todo limpo’ (João 13:10). O crente fiel não necessita rebatizar-se. Este é um caso apenas para o crente que abandonou a fé, e tornou-se infiel”, explica.

Cuidados para não haver banalização da prática

Para evitar que o rebatismo seja banalizado a ponto de uma mesma pessoa se rebatizar várias vezes, o pastor orienta as igrejas a examinarem os candidatos ao batismo e batizá-los somente quando dão provas de que realmente se converteram a Deus.

“O problema não está no rebatismo, mas na falha da congregação em examinar os candidatos a ele. O rebatismo deve ser uma prova de que o batismo é sagrado e não uma banalização do mesmo”, finaliza.

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