23.3 C
Vitória
quinta-feira, 2 maio 2024

Mais de 30 mil cristãos deslocados em Burkina Faso devido à onda de violência

A instabilidade política gera o avanço de extremistas no país - Foto: Portas Abertas

Cerca de 40% do território não está mais sob controle do governo, que sofreu dois golpes políticos em 2022

Por Patricia Scott 

Burkina Faso enfrenta, atualmente, uma das maiores crises de deslocados internos negligenciadas do mundo. A informação é da Missão Portas Abertas, que explica que o ranking é resultado de uma pesquisa anual do Conselho de Refugiados da Noruega. Em 2023, o levantamento traz muitos países da África Subsaariana.

A instituição missionária informa que, nos últimos anos, a população de Burkina Faso vivencia a insurgência da violência. Isso ocorre, principalmente a partir doa ataques de grupos militantes islâmicos, como o Grupo de Apoio ao Islã e Muçulmanos (JNIM, da sigla em inglês).

Assim, o relatório revela que, aproximadamente, 40% do território não está mais sob controle do governo, que sofreu dois golpes políticos em 2022. Por isso, um em cada dez cidadãos de Burkina Faso foi forçado a deixar sua casa, conforme o levantamento norueguês.

- Continua após a publicidade -

Cristãos: os mais vulneráveis

“Ataques semelhantes estão acontecendo no Níger, Mali e no Grande Sahel o que torna a situação em Burkina Faso muito séria”, afirma um dos analistas da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, ressaltando que os cristãos são os mais vulneráveis e enfrentam altos níveis de insegurança, com assassinatos e ataques a igrejas.

Em 2022, a violência na África Subsaariana, aumentou significativamente. As últimas análises do Centro de Estudos Estratégicos da África mostram que 40% dos atos violentos no continente são responsabilidade de grupos militantes islâmicos.

Os dados explicam a ascensão de Burkina Faso na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, elaborada por Portas Abertas, saindo da 32ª para a 23ª posição entre os 50 países mais perigosos para os cristãos. A organização missionária pontua que os níveis de violência contra “os cristãos são crescentes, cooperando para as estatísticas de perseguição, violência e mortes de cristãos na região”.

Socorro aos cristãos

Devido à insegurança, em muitas partes do território de Burkina Faso o acesso é difícil. No entanto, parceiros da Portas Abertas permanecem trabalhando no país. Eles atuam nos cuidados pós-trauma, além de entregarem kits com recursos básicos de sobrevivência, como, por exemplo, alimentos. Há cerca de 30 mil cristãos deslocados, sendo a maioria mulheres e crianças.

A maioria das nações já estava na lista do Conselho de Refugiados da Noruega desde a primeira pesquisa, há sete anos, segundo Portas Abertas. “Como as doações e a atenção das mídias e agentes internacionais têm priorizado a crise na Ucrânia, não há recursos suficientes para ajudar o número crescente de necessitados na África e em outras nações”, afirma a organização missionária, que acrescenta: “Dessa forma, crises já existentes se agravaram, pois o número de organizações que as socorrem está reduzido”.

Para ajudar no trabalho que Portas Abertas desenvolve em Burkina Faso, acesse o link

 

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -