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quinta-feira, 25 abril 2024

Na Estrada com Robson Nascimento

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Sempre guiado pela vontade do Pai, o pastor Robson Nascimento vive um momento de retomada - Foto: Reprodução

De uma família consolidada na música, Robson Nascimento escreve seu nome e deixa marcas no mercado gospel, conciliando também o pastoreio

Por Gustavo Costa

Sempre guiado pela vontade do Pai, o pastor Robson Nascimento vive um momento de retomada. Após alguns anos exclusivamente dedicados ao pastoreado, ele retomou a sua carreira como adorador e passou pelo Espírito Santo neste mês de maio. Músico desde o berço, Robson é o filho mais velho de da pianista clássica Léa Gomes e do sambista Pedro Nascimento. A musicalidade da família continua com os irmãos, a cantora Claudimara e o baterista Rodney Nascimento.

Natural de São Paulo e criado na Vila Santa Izabel e na Casa Verde, foi levado para a igreja pela mãe. “Meus avós maternos eram firmes na congregação cristã e daí veio a criação na igreja da minha mãe. Depois de um tempo afastada, ela retornou e levou os filhos. No início, a gente só acompanhava, mas anos mais tarde, em 1991, eu tive uma experiência com Jesus, que transformaria a minha vida. Eu frequentava uma igreja, mas estava frio nesta época. Sempre envolvimento com música, tocava no mundo. Foi quando amigos passaram a orar por um encontro meu com Cristo. Me convidaram muitas vezes, até que finalmente aceitei. Me encontrei na Igreja Pedra Viva. Comecei ali a construir um ministério” falou ele.

Com muitas influências de Soul e Funk Music, Robson acabou mudando o estilo musical da Pedra Viva, quando ingressou como tecladista na banda da igreja. “Quando começamos com a Black Music, mudamos a cara do louvor na igreja. E a partir daí, começou a se configurar um formato musical, que ajudei a levar para lá”.

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Em 1996, o cantor passou a integrar a banda Time B. Durante dois anos, ele se consolidou como cantor, deixando os teclados e assumindo os vocais. Seu primeiro sucesso foi o dueto com Aline Barros, “Sonda-me (Salmo 139)”, gravado ao vivo e lançado em 1997, na coleção “Comunhão e Adoração II”.

“Gravei a música em um trabalho para igreja, que depois acabou sendo levado para a Aline Barros, no Rio de Janeiro. Me convidaram então para o dueto no CD dela. Foi aí que o Brasil passou a me conhecer”, frisou. levaram Em 1998, Robson formou o Coral Just Sing, com o qual gravou seu primeiro CD, “Ele Virá”. “Ficamos um ano ensaiando, e para nós foi algo natural a gravação, realizada ao vivo na igreja. Foi praticamente um culto, sem montagem”, explicou. Robson lançaria ainda o CD “Tome a Decisão”, com o Just Sing.

Foi então que convites passaram a ser feitos por artistas do meio secular. “Nessa época, comecei a fazer backing vocal para o Fábio Junior. Depois de um tempo, fiquei tentado a deixar o gospel, já que sabemos o quanto ainda é difícil viver de música cristã no Brasil. O Chitãozinho e Xororó também me convidaram, e passei a viajar o Brasil com eles.

Depois ainda vieram convites para trabalhar com a Wanessa Camargo e novamente com o Fábio Junior, com quem, aliás, gravei um DVD. Mas depois de um tempo, vi que aquilo era uma ilusão: te dá muitas coisas e dinheiro, mas é a quase a morte espiritual. Desisti da música secular em 2003, quando Deus veio em orações e disse: ‘larga tudo, que Eu vou te sustentar’. E assim foi”, lembrou Robson. Neste mesmo ano, ele conheceu a hoje Daniela Flieger, com quem teve três filhos: Ananda, Jolie e Israel.

Nova vida

Após abandonar em definitivo a música secular, o cantor teve o CD “O Melhor de Robson Nascimento”, lançado pela Aliança, antes de receber um convite para integrar o cast da Line Records. Recebeu inclusive em 2006 uma indicação ao Grammy Latino pelo melhor CD de música gospel em língua portuguesa. A seguir, o músico encontraria uma nova função na obra de Deus.

“Quando deixei a música secular, perdi o contato com as pessoas do meio e as coisas que já havia conquistado: carro, casa, dinheiro. E aí veio o convite para gravar um CD solo. Após a gravação dele, passei a fazer a turnê. É um super CD, mas mercadologicamente falando, não ‘virou’ da gente queria. Então o Senhor mandou que eu abrisse uma igreja. Foi assim que criei a Deus é Bom. O Senhor fechou as portas do músico temporariamente, para abrir as do pregador e do pastor de ovelhas”, lembrou.

De acordo com Robson, a igreja, que começou tímida, cresceu e se fortaleceu. “Começamos com apenas dois casais, na minha casa. E sobrenaturalmente a igreja se desenvolveu. Fomos para o escritório, depois em uma sala. O púlpito era em cima de uma caixa acústica. Como Deus sabe de todas as coisas, fomos para um espaço maior. Hoje, a Igreja Deus é Bom está estabelecida e conta com 400 membros”, enfatizou ele.

Música e pastoreio

Eis que Deus voltou a abrir as portas para o Robson adorador, que passou então a conciliar as duas funções. Trabalhando independente, lançou os CDs “Falando dEle”, e “Rumo à Igreja Primitiva”, além do DVD “Jeremias 42”. “Em uma madrugada, o Pai falou: ‘você vai fazer um CD. Mas vai colocar tudo que tem neste trabalho. Tirando um blues do Cacau Santos, que hoje toca com o Thalles, todo o resto de ‘Falando dEle’ ficou por minha conta. Fiz em um computador em um porão de uma casa. A partir daí, Deus me levantou também como músico. Vieram o DVD com testemunhos da minha história e mais um CD. O ‘Rumo à Igreja Primitiva’ já estou em um momento diferente, de alegria, para cima”, observou ele.

Já em 2012, viria um novo trabalho. O CD “Pentecostal” nasceu de uma ação espiritual na igreja, chamada “Campanha do Profeta Eliseu”. “As músicas que fizemos para a campanha são bem ao gosto brasileiro, algo próximo ao forró. Mas Deus falou: ‘Você irá gravar essas músicas’. A questão é que o meu estilo musical é soul. Saí totalmente da praia.

Mas como Ele orquestra tudo, as coisas casaram completamente e nessas músicas percebemos a assinatura de Black Music. O CD traz o fogo pentecostal para a igreja, aquela coisa do batismo do Espírito Santo. Imagine um cantor de soul com essa música pentecostal, é mesmo para acabar com qualquer mesmice”, falou Robson, lembrando que a música de trabalho é “Está Escrito”. “É uma canção que é Palavra pura, uma ferramenta de guerra espiritual”, disse o cantor. Mixado no estúdio Player, o trabalho independente foi gravado na Igreja Deus é Bom e é atualmente divulgado em todo o Brasil por Robson.

Para o músico e pastor, adorador e pregador, a moral da história é de que tudo é feito na hora de Deus. E quando chega esta hora, todas os caminhos se tornam de sucesso.

“Estou de volta, fazendo trabalho em igreja e eventos. Desenvolvendo o meu trabalho de adorador. Continuo sendo pastor, mas também exercendo o meu ministério de louvor. Adoração não é música, ou uma atividade, é um estilo de vida. É uma forma de existir. E quanto a Deus… poderia ser simplista e falar que Ele é tudo, que é Pai. Mas Deus para mim é relacionamento. Você se relaciona com Pai, com Filho, com Espírito. E você descobre que colocando a sua vida nas mãos d’Ele, tudo ficará bem. E fica mesmo”.

Esta matéria foi publicada originalmente em 15 de Maio de 2013, no portal da Revista Comunhão e atualizada em 2021 por Priscilla Cerqueira. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

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