Uma pergunta que eu fiz muitas vezes é ‘Como tornar os jovens em discípulos?’
‘Como tornar os jovens em discípulos?’ é o grito sincero do meu coração, mas talvez traga também uma ansiedade – dependendo de onde você coloca a ênfase. ‘Como na terra eu faço isso?!’
Talvez, em vez de se concentrar tanto nessa questão – por mais importante que seja – valha a pena mudar um pouco e pensar em outra: “Como posso viajar com os jovens à medida que eles descobrem a si mesmos e quem é Deus?”.
Eu escrevi Siga-me!, um conjunto de 40 devocionais para os jovens, na tentativa de responder a isso. Sempre amei o discípulo Pedro. Ele salta às páginas da Escritura como um jovem real, apaixonado, cheio, áspero e pronto.
O título siga-me! não vem apenas do chamado de Jesus a Pedro, quando ele o conhece pela primeira vez, mas da conversa entre eles, três anos depois. Tanta coisa aconteceu – Pedro descobriu quem é Jesus, mas tem muito mais a aprender.
Assim como nós. O ‘siga-me’ no final do Evangelho de João vem depois do fracasso épico – as três negações de Pedro. Depois de Jesus ter se tornado real e no imediatismo da prisão e julgamento de Jesus, quando Pedro não conseguia lidar com a ideia de ser um de seus seguidores, a raiva e a negação fluíam de sua boca.
O que é incrível para mim é que esse medo e essa falha em seu caráter, surgem novamente, mesmo quando Jesus o reinstala. Pedro não diz: ‘Obrigado pelo seu perdão, eu não mereço isso!’ Não, Pedro diz: “E ele?” e aponta para João.
A realidade da caminhada de Pedro com Jesus espelha a minha de muitas maneiras. Eu queria que os jovens entendessem isso – para não dizer, não importa se você é um complemento, mas mais para ilustrar, com a jornada de fé de Pedro, que não podemos fazer nada para nos acertarmos com Deus.
Simplesmente dizer “sim” a Jesus não leva, naturalmente, ao discipulado simplesmente acontecendo. Temos que trabalhar nisso, lutar com ele, fazer as pazes com quem fomos, receber perdão – descubra um salvador amoroso que nos restaura repetidas vezes.
Além dos evangelhos e em Atos, temos esse incrível discípulo falho – em um momento, levantando alguém dos mortos (Atos 9), enquanto no próximo, dizendo não a Deus (Atos 10). Este discípulo do “trabalho em progresso” é um quadro tão importante para os jovens. Para todos nós.
O que Pedro precisava? O que os leitores de sua carta precisavam? O que você e eu precisamos? O que os jovens que amamos e atendemos precisam? ‘Mas cresça na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Para Ele, seja a glória agora e até o dia da eternidade. Amém’ (2 Pedro 3:18).
Ali Campbell, autor de Follow Me. Extraído de Christian Today*