Estudantes capixabas são finalistas no concurso do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que selecionou seis propostas de logomarcas para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2016. O evento acontece de 17 a 23 de outubro, com o tema “A Ciência Alimentando o Brasil”.
O concurso organizado pelo MCTI teve a participação de jovens estudantes do ensino médio (regular, integrado à educação, profissional e especial), das redes pública e privada. Os critérios aplicados, segundo o edital, foram de “originalidade, criatividade, impacto visual, coerência com o tema, qualidade e apresentação”.
A estudante, Lara da Silva Guzzo, do EEEFM Maria Ortiz, em Vitória, ficou com o 5º lugar e Victor Emanuel Silva, do Colégio Estadual do Espírito Santo, também de Vitória, ficou com a 6ª colocação. Os dois jovens fazem parte do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S-ES) e são orientados pela professora Simone Silva Clarindo.
O NAAH/S-ES inscreveu 20 propostas de logomarcas. Elas foram desenvolvidas juntamente com a oficina de artes plásticas de enriquecimento curricular, ministrada pelo professor de artes plásticas, Luiz Gustavo Gomes.
A secretária interina de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), Camila Dalla Brandão, destaca a importância do resultado obtido pelos jovens capixabas. Para ela, além de contribuir com a disseminação da ciência, a participação em concursos como esse contribui para a observação de características únicas de personalidade, como a curiosidade, a criatividade, a persistência e a motivação intrínseca. “Nossos jovens, quando desafiados, respondem com muita criatividade e simplicidade às demandas da sociedade. São ideias que contribuem para criar um futuro mais sustentável, principalmente quando o tema é ciência, tecnologia e alimentação”, conclui.
O concurso
Foram 504 projetos inscritos com a participação de estudantes de todo o Brasil. Uma comissão de avaliação formada por profissionais de comunicação selecionou seis propostas para participar da votação popular, promovida entre os dias 2 a 8 de maio. O vencedor do concurso foi o jovem Guilherme Mateus Rodrigues do Nascimento, do município de Guiratinga, em Mato Grosso. O desenho dele recebeu 9.611 votos, de um total de 19.739. O Prêmio para o 1º lugar é um notebook e o desenho será transformado na logomarca do evento e vai ser aplicada no material de divulgação da semana. As cinco propostas restantes receberão certificados e um kit de conteúdo científico.
O objetivo do MCTI em promover o concurso é valorizar a participação de várias escolas, em todo território nacional. Todos os anos, profissionais contratados elaboram as logomarcas da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Em paralelo à imagem oficial, as escolas e outros órgãos se apropriam da logo e criam variações regionais. A criatividade observada pelo MCTI levou a criação do concurso para incentivar e valorizar a participação desses alunos.
Classificação
Guilherme Mateus do Nascimento foi o grande vencedor com 9.611 votos (48,7%). Ele desenhou o mapa do Brasil como terra fértil para uma planta em crescimento dentro de um balão volumétrico, que representa o suporte da ciência à produção alimentícia. O autor da imagem tem 15 anos, é aluno da Escola Estadual Dona Maria de Lourdes Ribeiro Fragelli, no município de Guiratinga.
A segunda colocada, Vitória Aparecida Amaral Silva, de Contagem, Minas Gerais, recebeu 4.356 votos (22,1%), com o desenho de uma árvore ladeada por um átomo e uma roda mecânica, que representam a ciência e a tecnologia, respectivamente.
O terceiro lugar ficou com Amanda da Silva Rodrigues, de Brasília. Ela ilustrou o trabalho conjunto de um chefe de cozinha e um cientista, com uma estrutura do DNA humano projetada a partir de um prato de macarrão. A proposta recebeu 4.033 votos (20,4%).
Os outros três finalistas foram Gabriela Barbosa Rêgo, de Betim, Minas Gerais, com 1.534 votos (7,8%); Lara da Silva Guzzo, de Cariacica, Espírito Santo, com 143 (0,7%); e Vitor Emanuel Honorio Silva, de Vitória, Espírito Santo, com 62 (0,2%).
Os 6 melhores colocados do ranking estão no portal MCTI http://goo.gl/eaup6s com objetivo de mostrar à população que houve outros desenhos, para que boa parte das escolas que participaram possam se ver refletidas no processo.
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Instituída em 2004, a SNCT ocorre anualmente, em todo o país, durante o mês de outubro, sob a coordenação do MCTI. Tem como objetivos principais: 1- aproximar os setores acadêmico e empresarial, governos e sociedade em geral; 2- popularizar a ciência, a tecnologia e a inovação; 3- proporcionar o desenvolvimento de talentos e da investigação científica, principalmente entre jovens e adolescentes; 4- divulgar serviços, produtos e processos inovadores e 5- proporcionar a troca de experiências e a melhoria do processo de ensino e aprendizagem da educação básica – fundamental e médio.
Semana Estadual de Ciência e Tecnologia (Semana C&T)
O Espírito Santo acompanha o movimento nacional e realiza, anualmente, a Semana Estadual C&T. Este ano, o evento está marcado para os dias 18 a 21 de outubro e conta com a participação dos 78 municípios capixabas.
Criada pelo Governo do Estado por meio de Decreto, está sob a coordenação da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (SECTI), em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). No entanto, diversas outras instituições públicas e privadas também colaboram para que o evento aconteça.
Colaboram com o evento secretarias estaduais e municipais de ciência e tecnologia e de educação, agências de fomento, espaços científico-culturais, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, escolas, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.
Este ano, o novo formato desenvolvido pela Comissão Organizadora da Semana C&T traz, como uma das principais novidades, a participação da iniciativa privada por meio do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), com o propósito de aproximar a academia, o mercado e o governo.
