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quinta-feira, 2 maio 2024

Covid-19: Tempos difíceis para a igreja

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Foto: Reprodução

Com o avanço da pandemia, cada liderança alinha os cultos à realidade local

Por Patrícia Scott

Um ano depois da pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil mais de 333 mil pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde. Estatística superada apenas pelos Estados Unidos, que atingiu mais de 500 mil óbitos até o final de março.

A média diária de mortes no Brasil vem crescendo desde fevereiro, alcançando nos últimos sete dias de março 2.976. Em todo o território nacional, em 31 de março, foram contabilizados 90.638 novos casos de contaminação. No total, são mais de 13 milhões de pessoas infectadas.

Muitos centros de saúde estão saturados. Especialistas apontam que, em abril, o número diário de mortes deve atingir cinco mil. Diante desse quadro alarmante, a vacinação caminha em marcha lenta. De acordo com o Ministério da Saúde, menos de 10% da população recebeu a primeira dose da vacina, enquanto nem 5% dos brasileiros já foram imunizados com as duas doses, até o início do mês de abril.

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Impacto na igreja

Também em meio a novas variantes do vírus identificadas pelos especialistas no Brasil, estados e municípios têm divulgado, quase que diariamente, decretos com novas regras para a contenção da pandemia, conforme a realidade de cada localidade. Tal iniciativa impacta diretamente o funcionamento das igrejas.

Em Mato Grosso do Sul, o Pr. Maiquel Marques, líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), conta que, na sede, aumentou o número de cultos presenciais para seis, todos os dias da semana, justamente para que não haja aglomeração.

“A frequência não caiu. Estamos seguindo rigorosamente os protocolos sanitários”, ressalta. Ele não realiza transmissão online dos cultos, mas grava ministrações da Palavra divulgadas pelo YouTube. “Outros pastores alinham o culto presencial e virtual. Temos um caso em que a igreja está 100% online”, conclui o Pr. Maiquel.

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a Igreja Metodista mantém os cultos presenciais e online. “A frequência presencial teve queda, mas aumentou consideravelmente o número de pessoas no virtual”, pontua o Reverendo Nelson Magalhães Furtado, da Igreja Metodista Central, em São Gonçalo (RJ).

Ele diz serem mantidos os protocolos com muito cuidado e responsabilidade. “Orientamos sistematicamente aos membros a não descuidarem das medidas protetivas, independente dos ambientes em que estiverem”.

Virtual e Online

No Estado de São Paulo, o governo determinou o fechamento dos locais de culto, a princípio, até meados de abril. Um pouco antes do decreto estadual, segundo o Pr. Sérgio Sousa, da Assembleia de Deus, no bairro da Lapa, zona oeste da capital
paulista, o número de pessoas nos cultos vinha aumentando gradativamente.

“Mesmo assim, as transmissões online permaneceram”, salienta. Com o fim do decreto, ele acredita que o retorno à igreja acontecerá lentamente. “Será uma nova adaptação ao ambiente eclesiástico. Todas as medidas de segurança serão mantidas com rigor”.

A Igreja Presbiteriana do Brasil está com cultos presenciais e online. “Em algumas localidades, somente reunião remota, pois há municípios com restrições”, observa o Reverendo Arivelton Peisini, presidente do Presbitério de Cabo Frio e do Sínodo Costa
do Sol, no Estado do Rio de Janeiro. Ele acrescenta ainda que “no geral, a frequência nos cultos diminuiu, mas na maioria das congregações ficou estável”.

Ele afirma que houve igrejas com casos de Covid-19, então foram fechadas. “A liderança tem reforçado os avisos quanto aos protocolos, como também orientado aos membros do grupo de risco a permanecerem em casa”.

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