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sábado, 27 abril 2024

Sete princípios bíblicos para “desenrolar” a vida financeira

Mais de 78% dos brasileiros estão endividados, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Foto: Freepik

A educadora financeira Mirna Borges, criadora do canal “Economirna”, usa a Bíblia para orientar as pessoas a saírem do atoleiro das dívidas.

Por Cristiano Stefenoni

Se pedíssemos para atirar a primeira pedra que não tem dívida nenhuma, sobrariam poucas pessoas com as mãos vazias. Mais de 78% dos brasileiros estão endividados, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). E nesse bolo há muitos evangélicos que têm perdido a paz com tantas contas a pagar.

Para a educadora financeira Mirna Borges – criadora do canal “Economirna”, com mais de 1 milhão de inscritos no Youtube – o grande problema do alto endividamento da população do Brasil deve-se à cultura do país.

“O brasileiro não foi educado para formar uma poupança. Muitos são imediatistas, querem comprar uma geladeira agora e vão dividir por doze meses, sem saber o que pode acontecer amanhã. Não focam em ter uma reserva de emergência, que é um valor que temos que ter guardado para possíveis imprevistos e quando ele chega, a pessoa está com o orçamento todo comprometido, não tem de onde tirar e acaba se endividando”, explica Mirna.

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A educadora ressalta que a principal causa das dívidas é exatamente gastar mais do que se ganha. Uma alternativa, além de economizar, seria ter uma renda complementar.

“Temos sempre que pensar em gastar menos do que ganhamos e reduzir os gastos supérfluos e economizar, mas entendendo que não é só de economizar que vive o homem. Podemos pensar em alternativas de ganhar mais dinheiro para não viver sempre contando os centavos. É possível gerar uma renda extra, abrir um negócio próprio, ou fazer uma atividade paralela para não depender somente de uma fonte de renda”, orienta.

Outro ponto delicado abordado pela consultora é quanto a falta de fidelidade do cristão por conta das dívidas.

“Temos que nos tornar vigilantes em relação ao dinheiro, para que não caiamos na tentação do amor ao dinheiro. Dizimar é uma forma de honrar o Senhor por todos os recursos que recebemos. Entendo que 10% é mínimo que podemos contribuir. Quando um cristão dizima, ele deixa claro que o seu coração não está no dinheiro”, orienta Mirna.

Para a consultora, é importante que as igrejas ofereçam cursos sobre finanças à luz da Bíblia.

“Percebo que muitas vezes o dinheiro é visto como uma maldição, ou algo ruim e sujo nas igrejas. Porém isso não é o que a Bíblia nos ensina. Mostrando por meio de princípios bíblicos como deve ser administrada a vida financeira, isso traz muito mais paz para que eles possam lidar com dinheiro e se tornem bons administradores do Senhor, porque somos apenas mordomos, nada do que temos é nosso, e sim de Deus”, finaliza.

Sete princípios bíblicos para "desenrolar" a vida financeira
A educadora Mirna Borges ressalta que a principal causa das dívidas é gastar mais do que se ganha. Uma alternativa, além de economizar, seria ter uma renda complementar. Foto: arquivo Comunhão

“Economirna” e os 7 princípios bíblicos do equilíbrio financeiro:

1º – Princípio da mordomia: Deus é o provedor de tudo e que nós somos apenas administradores do que Ele nos confiou.

2º – Princípio do trabalho: “Tudo quanto fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor que vocês estão servindo” (Colossenses 3: 24:25). Lembrando que o trabalho foi estabelecido para o nosso benefício e molda o nosso caráter.

3º – Princípio de não se endividar: A Palavra de Deus exorta em Romanos 13:8: ‘A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei’.

4º – Princípio de ter uma reserva: ou seja, poupar, pois não sabemos o dia de amanhã. “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento” (Provérbios 6:6-8). Que nós não sejamos tolos em esgotar todos os recursos que nos foi concedido por Deus.

5º – Princípio da contribuição: Temos que lembrar que na economia de Deus a motivação é mais importante do que a quantia, porque Ele nos amou. “Cada um contribua segundo o seu coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria” (2º Coríntios 9:7 e 8). A contribuição é uma das responsabilidades que temos como mordomos.

6º – Princípio do contentamento: é importante que estejamos contentes em qualquer situação e que saibamos viver com pouco, e não nos desviemos nem para a direita e nem para esquerda do que Deus quer para nós.

7° – Princípio da honestidade: “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade”. Provérbios 12:22. Deus é um Deus de verdade, então não é possível ser desonesto e amar a Deus. Temos que buscar ter uma vida reta e dar um bom testemunho.

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