Descoberta revela variedade de fruta de 1,1 mil anos mencionada em bênção dada por Jacó ao filho Judá. Saiba mais!
Por Patricia Scott
Sementes de uva de 1,1 mil anos foram encontradas por arqueólogos durante escavações no deserto do Neguev, em Israel. O DNA de uma das amostras revelou uma variedade da fruta citada na Bíblia, durante a bênção de Jacó ao filho, Judá (Gênesis 49.11).
As mesmas uvas também estão destacadas na passagem bíblica de Números 13.23: “Quando chegaram ao Vale de Eshkol (identificado por alguns como Nahal Sorek), eles cortaram um galho com um único cacho de uvas. Dois deles o carregavam numa vara entre si”.
No total, 16 sementes de uva estavam no chão de uma sala no sítio arqueológico de Avdat. No local, fica uma cidade nabateia em ruínas desérticas. A partir de uma técnica de espectroscopia infravermelha, os cientistas buscaram nas amostras matéria orgânica.
Assim, os estudiosos passaram a extrair o DNA das sementes, com ênfase em cerca de 10 mil sítios genômicos. Neles, são geralmente encontradas características específicas de variedades. Os resultados foram comparados com bancos de dados de videiras modernas de todo o mundo.
Em 11 amostras, a qualidade do material genético era muito ruim para permitir quaisquer conclusões. No entanto, em outras três foram identificadas variedades locais de uva. Finalmente, duas amostragens, ambas de cerca de 900 a.C., eram de variedades locais que existem até hoje. A outra semente local não é bíblica, mas cresce misteriosamente nas areias de Palmachim, na costa de Israel.
Uma delas era quase idêntica à variedade Syriki. Ela é utilizada ainda hoje para fazer vinho tinto de alta qualidade na Grécia e no Líbano. É possível que o nome da planta, que marca o local de origem, seja derivado de Nahal Sorek, um importante riacho nas colinas da Judeia.
