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quinta-feira, 2 maio 2024

A Bíblia como ferramenta para alfabetizar

Ensinar alguém a ler e a escrever já é um desafio. Imagine fazer isso utilizando a Bíblia? Foto: Freepik

São mais de 10 milhões de brasileiros analfabetos, segundo dados do IBGE. E a Palavra de Deus tem sido usada para reduzir esses números.

Por Cristiano Stefenoni

Ensinar alguém a ler e a escrever já é um desafio. Agora imagine fazer isso utilizando a Bíblia? Um duplo trabalho de aprendizado e evangelismo. E extremamente necessário. São mais de 10 milhões de brasileiros analfabetos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o objetivo de erradicar o analfabetismo no mundo tendo a Bíblia como cartilha, o Centro Evangélico Brasileiro (CEB) criou o Projeto Alfa, que possui uma metodologia de alfabetização utilizando as Escrituras, em parceria com a Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB), com registro INPI e na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Pioneiro no Brasil e no mundo, essa metodologia foi criada pelo pastor Gilberto Stevão (in memoriam) em 1962, na cidade de Frederico Westphalen (RS). O projeto é, inclusive, antecessor ao Mobral – Programa de alfabetização do Governo Federal, em 1972.

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Reconhecida como utilidade pública desde 1974, a instituição, sem fins lucrativos, criou mais de 8 mil núcleos de alfabetização, capacitou mais de 30 mil monitores, em 226 denominações cristãs no Brasil e no exterior, refletindo em milhares de pessoas alfabetizadas por meio da Bíblia.

“Trabalhamos por um ideal: nenhum analfabeto entre nós, principalmente, entre o povo cristão. O analfabetismo é incompatível com a fé cristã. A instituição é beneficente, não visa lucros. Não recebemos ajuda financeira do governo nem das instituições evangélicas. Até hoje, basicamente, investimos do próprio bolso”, ressalta Eliel Gilberto de Lima Stevão, presidente do CEB e CEO de Alfabetização Pela Bíblia.

Ele explica que o projeto deu tão certo que se expandiu para outros países. “Nosso ‘Programa de Alfabetização pela Bíblia’ é praticado em Moçambique, Angola, Índia e vários países da América do Sul. Traduzido para língua Indi, para a língua espanhola e para a língua inglesa”, diz Stevão.

Hoje, após anos em funcionamento, o projeto possui diversos modelos de aprendizagem tanto para antes como para depois da pessoa ser alfabetizada. “Após a alfabetização, temos o pós- alfabetização, indicada também para os analfabetos funcionais, ou seja, o aluno irá adquirir conhecimentos que o auxiliarão na capacidade de compreensão e entendimento daquilo que lê. ‘Entendes tu o que lês? (Atos 8:30)’”, enfatiza o CEO.

Além disso, qualquer um pode se envolver nesse projeto. “Todos podem participar, tanto a iniciativa pessoal como pública e privada. Nosso propósito em alfabetização refere-se a trabalhos didáticos, pedagógicos e metodológicos não possuindo caráter doutrinário”, finaliza.

A Bíblia como ferramenta para alfabetizar
Pioneiro no Brasil e no mundo, a Alfabetização pela Bíblia foi criada pelo pastor Gilberto Stevão (in memoriam) em 1962. Hoje, a instituição sem fins lucrativos, criou mais de 8 mil núcleos de alfabetização, capacitou mais de 30 mil monitores, em 226 denominações cristãs no Brasil e no exterior. Foto: divulgação/reprodução internet

Confira abaixo como funciona a metodologia da alfabetização pela Bíblia

Projeto Alfa

Projeto/Programa Alfa: Metodologia alfabetização pela Bíblia – alfinha7 (faixa etária a partir dos 6 anos de idade);

Programa Lucas: Meu Primeiro Livro para Ler e Escrever (faixa etária dos 3 aos 6 anos de idade);

Projeto Filipe: Pós-alfabetização pela Bíblia.

Primeiro passo: cadastro pessoal ou institucional.

Segundo passo: definir quem deseja alfabetizar:

– Analfabetos totais (aqueles que nada sabem, que desejam ler, escrever ou realizar problemas com operações matemáticas);

– Analfabetos funcionais (que sabem um pouco, mas têm dificuldades na leitura e na escrita).

Terceiro passo: recursos humanos

Pode ser você mesmo ou pessoas voluntárias que vão ministrar a alfabetização. Não precisa ser professor, pois ele será um monitor, podendo ser de qualquer profissão, mas ele precisa saber ler, escrever e contar.

O programa pode necessitar da ajuda de médico e assistente de saúde, para atender problemas específicos de olhos (necessidade de óculos), ouvidos (aparelhos auditivos), sondagem da pressão arterial, da fala, etc.

Você deve reunir aqueles monitores que irão auxiliá-lo, fazendo todo planejamento necessário: Projeto e Estrutura de ensino: classes; heterogeneidade, separação por idade; número de alunos por sala; dias aulas; horário de aula; horas aulas dia.

Quarto passo: estrutura física

Local onde funcionará o capítulo; salas; carteiras; armários; sanitários; luminosidade local; área livre, etc.

Quinto passo: mobilização, a mídia e as matrículas.

A mobilização e a mídia podem ser feitas nos cultos, através dos irmãos, por folhetos, pelo informativo da igreja, por programas radiofônicos, pelos jornais comerciais escritos, radiados e televisionados da cidade, por fixação de faixas e outros meios de impacto.

Importante: nunca se deve colocar um novo aluno em aulas já iniciadas, sob pena de prejudicar a turma, o planejamento ou o próprio aluno iniciante. Alunos novos devem ser matriculados para início de novas turmas.

Devem ser estabelecidas estratégias para evangelização pela alfabetização, como convites especiais para o culto de início e término das aulas, e outros programas que poderão ser desenvolvidos.

Sexto passo: adquirir o material didático

A Bíblia utilizada: Tradução Almeida Corrigida e Fiel, letras grandes e super legíveis.

O livro método: O Livro Método de Alfabetização pela Bíblia, possui 533 páginas. Contém as instruções básicas das 40 lições do programa.

Os cadernos de atividades:

Num total de quatro Cadernos Livros de Atividades, que trazem em si conhecimentos dirigidos, conhecimentos específicos que são as mensagens (da Palavra de Deus) das letras; das famílias silábicas, das palavras e da frase organizada. Ainda as lições da matemática, alcançando a proposição do evangelho no ensino corpo, alma e espírito.

Sétimo passo: o planejamento.

As orientações em nível de sala de aula (38 lições ou 40 com revisões).

Cada livro caderno de atividades, é programado para uma jornada de 2 meses e meio de aula, sendo sua aplicação em um ano letivo, ou seja, 10 meses.

O Caderno do Projeto Filipe para analfabeto funcional, tem em seu conteúdo: linguagem e matemática, com 23 lições cada disciplina.

Programado também para ensinar obreiros leigos, totalizando 10 meses.

Na alfabetização – classe gênesis (Projeto/Programa alfabetização pela Bíblia – alfinha7).

Para conhecer mais do projeto:

Site Alfa 

Blog Alfa

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