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quarta-feira, 1 maio 2024

Rainha Elizabeth II: um legado de fé, comprometimento e serviço

A Rainha, que faleceu em 8 de setembro de 2022, teve um reinado de 70 anos. Foto: Shutterstock.

“Para mim, os ensinamentos de Cristo e minha responsabilidade pessoal diante de Deus criam um quadro no qual eu tento guiar a minha vida.”

Por Victor Rodrigues

Em junho de 1953, a jovem princesa Elizabeth foi ungida para o serviço como monarca do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Durante a cerimônia de coroação, ela prometeu ‘preservar as Leis de Deus e a verdadeira pregação do Evangelho.’

Como monarca constitucional, Elizabeth II era solicitada a ser politicamente neutra. Mas ao se tratar de sua fé, ela não foi neutra e manteve-se fiel ao juramento que fez em 1953. Quase meio século depois, ela reconheceu publicamente à nação.

“Para mim, os ensinamentos de Cristo e minha responsabilidade pessoal diante de Deus criam um quadro no qual eu tento guiar a minha vida.”

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Outro cargo que reis e rainhas da Inglaterra ocupam é o de Governador Supremo da Igreja da Inglaterra, também chamada de Anglicana.

Rainha Elizabeth II: um legado de fé, comprometimento e serviço
Rainha Elizabeth II após sua cerimônia de coroação na Abadia de Westminster em 1953. Foto: Getty.

Uma fé pessoal, mas viva

Embora ela tivesse uma fé profundamente pessoal e privada, não estava na sua natureza ser ‘evangelista’ sobre suas crenças. Embora ela tenha recebido calorosamente Billy Graham em Londres em 1956, foi dito que ela estava ‘intrigada’ por ele ter pregado suas firmes convicções fundamentalistas. Dessa forma, eles se encontraram em diversas ocasiões para que, de forma particular, pudessem conversar, estudar e orar.

Seria um erro considerar que sua falta de atividade ‘evangelística’ fosse uma vida sem fé, porque como é frequentemente o caso para os ingleses, particularmente de sua geração, a preferência é demonstrar Cristo mais na ação do que na palavra.

Uma vez ao ano, no Natal, ela falava à nação e às cinquenta e seis nações independentes da Comunidade Britânica (Commonwealth), com palavras calorosas e inspiradoras sobre a mensagem e o significado do advento. Os observadores dessas transmissões notam que, mais tarde, à medida que o Reino Unido se tornou cada vez mais secular, sua mensagem de Natal tornou-se mais abertamente cristã. Quanto mais difícil era o ano, mais profunda sua mensagem de esperança estava enraizada em Cristo.

Constância

Na introdução de um livro recém-publicado pela Sociedade Bíblica, ela escreveu: “Eu fui – e continuo sendo – muito grata pelas suas orações e a Deus pelo Seu inabalável amor.” A palavra ‘inabalável’ durante seus 96 anos de vida foi mais do que significativa, pois embora ela possa ter tido um patrimônio líquido de £370 milhões (de acordo com a lista dos mais ricos do Sunday Times 2022), sua vida estava longe de estar livre de problemas.

Se nós fossemos listar seus problemas e contendas, seria perceptível que muitos são comuns para todos. E ainda assim, sua fé e confiança em Deus permaneceram constantes. Ela também disse “Eu, como muitos de vocês, encontrei grande conforto, em tempos difíceis, nas palavras e no exemplo de Cristo.”

Um desses tempos difíceis foi durante uma época conhecida como “O Conflito na Irlanda do Norte”. Em 1970, seu primo de segundo grau, o lorde Louis Mountbatten foi assassinado pelo Exército Republicano Irlandês (IRA). Na época, foi visto como um profundo ataque contra o sistema britânico. Mountbatten era muito amado e um membro muito próximo de Elizabeth e Philip e, em particular, um mentor ao então jovem príncipe Charles. Foi uma perda que a família lamentou e sentiu profundamente.

Paz e reconciliação

Trinta e dois anos depois, no Jantar de Estado Irlandês de 2011, ela iniciou seu discurso em nome das pessoas da Britânia e da Irlanda do Norte com as palavras em gaélico “A Uachtaráin agus a chaired” (presidente e amigos) para a surpresa dos muitos convidados presentes. Era um momento-chave na reconstrução do relacionamento entre os dois países e um momento vital no processo de paz da Irlanda do Norte.

Ela prosseguiu dizendo, “Com o benefício da retrospectiva histórica, todos nós vemos coisas que gostaríamos que tivessem sido feitas de forma diferente ou que não tivessem sido feitas de forma nenhuma.” Essas foram palavras que ela pôde dizer com convicção, cuja base se volta à sua fé.

Em uma mensagem recente de Natal, ela disse, “Para mim, a vida de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz […] é uma inspiração e uma âncora na minha vida. Um modelo de reconciliação e perdão, Ele estendeu Suas mãos de amor, aceitação e cura. O exemplo de Cristo me ensinou a respeitar e valorizar as pessoas de qualquer ou nenhuma fé.”

*Com informações de Notícias Adventistas. 

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