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sábado, 27 abril 2024

Quero ser missionário, e agora?

É preciso que o candidato tenha um desejo em se aprofundar no conhecimento bíblico, em especial, no campo da missiologia. Foto: reprodução internet/Divulgação

Além de ter um perfil para a missão, o crente deve se preparar no campo da teologia, missiologia, antropologia e comunicação

Por Cristiano Stefenoni

Levar a mensagem de Cristo aos quatro cantos da Terra como um missionário não é uma tarefa fácil. Além de uma preparação específica, é preciso avaliar o perfil de quem deseja engajar nesse ministério. Hoje estima-se que exista mais de 440 mil missionários ao redor do mundo, segundo dados do Centro Global de Estudos sobre Cristianismo. Se você deseja fazer parte desse grupo, é importante estar atento a alguns detalhes.

O teólogo Lourenço Stelio Rega, que também é eticista e missionário da Sepal (Servindo aos Pastores e Líderes) explica que, dentro da visão missional (Mt 28.19-20), todos somos missionários, enviados a fazer discípulos. Contudo, quando a intenção é levar o Evangelho aonde a mensagem de Cristo ainda não chegou, é preciso cumprir alguns requisitos.

“Neste caso, deve haver convicção de seu chamado especial, ter uma vida modelo, se preparar profundamente em Bíblia, no campo da teologia, missiologia, antropologia, comunicação transcultural, especialmente no plantio de novas igrejas para evitar ser apenas um anunciador verbal do plano da salvação em termos conceituais”, ressalta Stelio.

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Sobre em qual campo atuar, o pastor diz que isso dependerá de como a pessoa se sente chamada para a atuação missionária. “Alguns demonstram atração em campos estrangeiros, outros, para atuarem por meio de uma atividade profissional (os chamados bi-vocacionados), especialmente em locais com proibição ou resistência ao Evangelho, e também para atuarem em área carentes, etc.”, explica.

Outro ponto muito importante ressaltado pelo pastor é quanto ao perfil da pessoa que deseja ser missionário. De acordo com Stelio, é preciso que o candidato tenha um desejo em se aprofundar no conhecimento bíblico, em especial, no campo da missiologia, além de compreensão dos fenômenos e dos fatos culturais onde vai atuar.

“Profundidade no conhecimento da Bíblia e teologia para poder saber como abordar as situações concretas do campo onde vai atuar, especialmente em situações culturais e éticas complexas. E quando for plantador de igrejas, levar em conta não apenas a organização funcional da igreja, mas o fortalecimento de seus membros a serem também enviados em seus contextos de vida como sal, luz e embaixadores do Reino”, orienta.

O pastor ainda faz um alerta para que o futuro missionário tenha cuidado para não “romantizar” a missão, entender a complexidade da tarefa e cuidar para não ser enganado por agências mais preocupadas com o dinheiro da viagem do que com o propósito da missão.

“Em termos gerais, infelizmente, há agências missionárias que tomaram o lugar da igreja e profissionalizaram o ato de ser missionário, assim, o que tem ocorrido é a terceirização da visão missionária que Deus deu exclusivamente às igrejas, e que as agências missionárias necessitam ser parceiras e consultoras para as igrejas”, conclui.

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