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domingo, 28 abril 2024

Alcoolismo: Acenda o alerta vermelho!

Foto: Reprodução

Psicólogo alerta sobre os riscos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Pastor dá interpretação bíblica sobre o assunto

O alcoolismo é caracterizado pelo uso abusivo de bebidas alcoólicas, porém, culturalmente, é muito difícil que uma pessoa assuma que o álcool está sendo um problema na sua vida, conforme explica o psicólogo Filipe Colombini, fundador da Equipe AT, um time de psicólogos focados em Acompanhamento Terapêutico.

“Por ser uma substância socialmente aceita, muitas vezes ligada à felicidade e comemorações, as pessoas têm grande dificuldade em perceber um padrão abusivo e, com isso, tomar a decisão de combater o vício e se manter sóbrio”, explica Colombini.

Sinais

Por isso, o especialista conta que é importante reconhecer os sinais que podem apontar para um consumo excessivo de álcool. “Para identificar se o hábito passou a ser um problema, é preciso que o usuário de bebidas compreenda o seu próprio padrão; ou seja, ele deve ponderar sobre a frequência e a intensidade de seu consumo, além de detectar o que o leva a beber”, afirma o psicólogo.

“Sinais fisiológicos, como respiração ofegante e tremedeira, quando o paciente não bebe, já apontam para uma dependência química para o álcool”, diz o especialista. “Também existe a compulsão comportamental, que é um uso muitas vezes ligado a uma tentativa de se regular emocionalmente em situações consideradas difíceis”, conclui.

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Porém, na maioria das vezes, quem aponta primeiro o problema são as pessoas que convivem com um paciente alcoólatra. “A rede de apoio, ou seja, amigos e familiares dispostos a ajudar, é essencial tanto na prevenção quanto no momento de identificar e conter o alcoolismo”, aponta Colombini. “Por isso, é importante que essas pessoas estejam sempre sensíveis aos sinais e ao padrão comportamental dos seus entes queridos”, conclui.

Litros

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil apresenta dados alarmantes sobre o consumo de álcool. Enquanto a média mundial é de 6,4 litros ingeridos por pessoa em um ano, os brasileiros chegam a beber 8 litros, nesse mesmo período.

Quando identificado, o alcoolismo deve ser combatido com a ajuda de profissionais, entre eles, os Acompanhantes Terapêuticos são parceiros valiosos. “O Acompanhamento Terapêutico, conhecido como AT, é uma modalidade de atuação focada em um atendimento feito no ambiente natural do paciente”, diz o especialista.

“Esse contato terapêutico fora do consultório tradicional é importante para pessoas com vícios ou compulsões porque o profissional pode entender melhor os estímulos que levam a pessoa a beber, além de desenvolver in loco habilidades de autocontrole importantes para abandonar o vício”, conclui. 

Interpretação bíblica

Aqueles que citam o diálogo de Paulo com Timóteo, narrado em 1 Timóteo 5:23, para defender o uso de bebida alcoólica estão forçando uma interpretação que não condiz com a verdade, segundo o pastor Bruno Mota, de Goiás. 

“Se entendido todo o contexto, não há nessa passagem base alguma para os crentes se comprometerem bebendo socialmente vinho ou outras bebidas alcoólicas. Primeiro, precisamos compreender qual o objetivo desse conselho. Paulo recomenda o vinho com “fins medicinais”. O objetivo não eram a sociabilidade ou a festividade, mas medicinal. Segundo, é preciso dar ênfase quando Paulo diz “um pouco” de vinho.”

Ele explica que, se o objetivo era medicinal, a dosagem era pequena, e não uma escusa para usufruir de qualquer quantidade. Terceiro, a Bíblia fala com frequência do mal que há em se beber vinho (Is 5:11; Am 6:6; Mq 2:11). Todos são advertidos de que muito álcool levará à desgraça e ao juízo (Am 6:6-7).

“Assim, podemos concluir que, com a medicina avançada em nossos dias, temos outras opções mais eficazes contra qualquer problema estomacal do que o vinho. Lembrando sempre o que o próprio Paulo diz: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18).”

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