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terça-feira, 30 abril 2024

Suicida vai para o céu?

Pergunta enviada por L. M. Pereira de Atibaia (SP)
O Pastor Ailton Desidério responde:

Quem em sã consciência pode afirmar que uma pessoa que morreu de morte natural, ou de morte acidental, ou de qualquer outro tipo de morte vai, ou não para o céu? Tem muita gente boa que ao invés de subir, descerá. Como diz o ditado popular: as aparências enganam. Como bem disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus,” (Mt 7:21).

A bíblia nos fala muito pouco, praticamente nada sobre o suicídio, porém, encontramos alguns textos bíblicos que falam do suicídio de alguns personagens: Sansão, Saul, Aitofel e Judas. Mas, sem ter comentários sobre eles. Sem dúvida que o suicídio de Judas é o mais icônico e, de certo modo, “mais” aceito, tendo em vista que Judas traiu o Senhor Jesus.

A salvação é uma questão entre a pessoa e Deus, entre Deus e a pessoa, e mais ninguém. Quem pode penetrar no coração do homem? Só Deus! Quem pode explicar a Graça de Deus que numa fração de segundos, frente ao último fôlego da vida de uma pessoa incrédula, que diz no seu íntimo: “Jesus, me salva!”, e é imediatamente salva? Ninguém! Salvação é Graça!

Deus não tem visão sobre o suicídio. Ele tem visão sobre a vida.

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A fala de que uma pessoa que cometeu o suicídio vai para o inferno aparece na história como um modo equivocado de prevenir o suicídio, a partir do séc IV DC, em especial a partir do concílio de Arles (314). Era preciso ter uma forma de amedrontar as pessoas, suicidio negando ao suicida a encomenda do corpo para Deus, como também um sepultamento digno.

Atos esses que eram interpretados como mandar a alma do suicida para o inferno. Não somente isso. O corpo do suicida era também arrastado de rosto para baixo e depois deixado na beira da estrada. Outra prática era confiscar os bens do suicida, deixando os familiares em situação de penúria. Enfim, durante muito tempo a metodologia de prevenção do suicídio foi o medo, em especial, o medo do inferno.

A pergunta se uma pessoa que cometeu o suicídio vai para o céu ou para o inferno é medieval e indevida. Penso que ela deveria ser substituída por outra, que é a seguinte: “o que podemos fazer para ajudar uma pessoa que está vivendo uma vida infernal, e que por conta disso passa a considerar o suicídio como solução para a sua dor, para o seu sofrimento?”.

Suicida vai para o céu?

 

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