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sexta-feira, 26 abril 2024

Oposição denuncia bloqueio em candidatura na Venezuela

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A denúncia foi feita por Corina Yoris, que encabeça o maior bloco de oposição a Maduro no país - Foto: Reprodução - Twitter

Opositora ao regime de Maduro afirma que o sistema eletrônico de registro de candidaturas rejeita a sua inscrição nas eleições 

Enquanto restavam algumas horas para o fim do prazo de inscrição dos interessados em disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho, o principal bloco de oposição ao governo, encabeçado por Corina Yoris, denunciou que seguia impedida de inscrever a sua candidatura pelos partidos da Plataforma Unitária. Yoris foi nomeada como candidata em substituição a María Corina Machado, que foi proibida, por sentença do Tribunal Superior de Justiça, de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos.

Yoris, em declaração à imprensa, confirmou que a página na internet do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) continua bloqueando o ingresso no sistema de inscrições eletrônicas por aqueles não inscritos pelos representantes das organizações políticas Mesa da Unidade Democrática (MUD) e Un Nuevo Tiempo (UNT), as únicas habilitadas pela autoridade eleitoral para registro de candidatos.

“Meus direitos como cidadã venezuelana estão sendo pisoteados ao não me permitirem acessar o sistema e inscrever minha candidatura”, disse Yoris. Ela disse que foram feitas todas as tentativas para introdução dos dados dos cartões, mas que o sistema estava completamente fechado para acesso digital.

Yoris acrescentou ainda que tentou, sem sucesso, entregar pessoalmente à CNE uma carta solicitando uma prorrogação do prazo de inscrição de candidaturas.

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O Plataforma Unitária é o bloco opositor que desde 2021 promove conversas com representantes do governo de Nicolás Maduro e que em outubro assinou o acordo de Barbados.

O pacto contemplava trabalhar em um plano que gerasse condições políticas igualitárias para realizar eleições presidenciais livres e competitivas em 2024. O Plataforma disse que a administração de Maduro e seus aliados violaram o espírito desse acordo.

Entre os diversos obstáculos enfrentados pela oposição para participar da eleição, está a dependência da vontade das autoridades. O Tribunal Supremo de Justiça, a Fiscalização Geral, a Controladoria Geral, a Defensoria Pública, a autoridade eleitoral, entre outras instâncias e organismos, têm sinais de que são controlados pelo governo.

Desde quinta-feira, quando foi aberto o processo automatizado do CNE, foram registrados 10 candidatos: o do presidente Nicolás Maduro, Luis Eduardo Martínez, Daniel Ceballos, Antonio Ecarri, Juan Carlos Alvarado, Javier Bertucci, José Brito, Claudio Fermín, Luis Ratti e o comediante Benjamín Rausseo. Deles, apenas Maduro e Rausseo apareciam nas distintas consultas de intenção de voto.

Os candidatos deverão esperar se suas inscrições serão aceitas pela CNE, responsável pela organização das eleições nacionais, estaduais e municipais no país.

Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos, conta com o registro e o respaldo dos membros do Gran Polo Patriótico, a coalizão de 10 partidos que apoiam o governo. Com informações de Agência Estado

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