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quinta-feira, 2 maio 2024

Líderes evangélicos pressionam Senado contra Dino

O deputado Sóstenes Cavalcante, vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica - Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

“Estamos empenhados em derrotar o nome dele”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), vice-líder da Frente Parlamentar Evangélica

Por Patricia Scott

A Frente Parlamentar Evangélica lançou uma página na internet para monitorar o posicionamento de cada senador em relação à indicação do ministro Flávio Dino, titular da Justiça e Segurança Pública, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma cadeira na corte foi aberta devido à aposentadoria da ministra Rosa Weber, em 30 de setembro.

“Estamos empenhados em derrotar o nome dele”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), vice-líder da Frente Parlamentar Evangélica, ao Congresso em Foco. O parlamentar reconheceu o conhecimento jurídico do ministro e também que preenche o requisito constitucional. “Mas ele é muito mais político do que jurista. Vai para a Corte nos perseguir”, ressaltou Sóstenes, que completou: “Será dez vezes pior que o Alexandre de Moraes”, emenda, referindo-se ao ministro que se destacou nos últimos anos no confronto com Jair Bolsonaro e relator das ações envolvendo participantes dos atos de 8 de janeiro.

Já o líder da bancada evangélica no Senado, Carlos Viana (Podemos-MG), ex-líder do governo Bolsonaro, encabeça a articulação política. Ele conta com 16 senadores da frente evangélica dos 81 membros da Casa.

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Para pressionar os senadores a não votarem no indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF, as lideranças evangélicas pretendem participar de dois atos públicos convocados pela oposição contra o atual titular da Justiça. Um está previsto para ocorrer em várias cidades do país, no dia 10 de dezembro, e outro marcado para 13 de dezembro, data em que será feita a sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Outra estratégia adotada pelos líderes evangélicos para impedir a aprovação de Dino para o STF é a realização de visitas aos gabinetes e chamadas telefônicas aos senadores. O foco principal são os que estarão envolvidos em futuras eleições municipais em 2024, como também em 2026.

No entanto, a resistência ao nome de Flávio Dino não é unanimidade entre os políticos evangélicos. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) tem conversado com lideranças religiosas para quebrar a oposição a Dino. Cabe lembrar que a parlamentar foi a articuladora da carta aos evangélicos divulgada por Lula na reta final da campanha presidencial de 2022.

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