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quinta-feira, 2 maio 2024

Crente pode celebrar finados?

A igreja tem uma importante missão em orientar os membros sobre como agir no Dia de Finados. Foto: Freepik

Com origem na Idade Média, o Dia de Finados acontece em todo o mundo na próxima quinta-feira (02). 

Por Cristiano Stefenoni

Estabelecido como feriado no Brasil em 2002 (Lei nº 10.607), o Dia de Finados é celebrado em todo o mundo na próxima quinta-feira (02). Contudo, a tradição é antiga e remonta do século X, na Idade Média, como uma forma de homenagear os entes queridos que já morreram. Mas o crente pode participar desse tipo de comemoração?

Antes, é importante entender a origem dessa data. No ano 998, o monge beneditino Odilo, abade de Cluny, em Borgonha (França), instituiu o 02 de novembro como uma forma de unificar as comemorações aos mortos, como por exemplo, o “Dia de todos os Santos” (1º de novembro). Todos que seguiam a Ordem Beneditina passaram a ter essa obrigatoriedade.

A partir do século XII, a data se popularizou, e em 1915, o papa Bento XV permitiu que os sacerdotes celebrassem missas pelos mortos e, aos poucos, o costume ingressou na liturgia da igreja católica. Hoje, milhares de pessoas aproveitam a data para prestar homenagens aos queridos que já partiram.

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Mas afinal, e o evangélico? Pode participar desse tipo de celebração? Na opinião do pastor batista, Francisco Veloso, que também é psicanalista e doutor em Dependência Química, a questão é a forma como o crente vê essa data. Para ele, uma coisa é ir ao cemitério matar a saudade de alguém amado que se foi. Outra coisa bem diferente é fazer um culto aos mortos ou “rezar” para os falecidos. 

“Você não pode idolatrar o túmulo das pessoas. Mas pode, sim, visitar e cuidar do túmulo, principalmente, aqueles que são de família e que estão lá naquele lugar há tempos. É uma questão de respeito à memória. Na Bíblia há um exemplo, o de José no Egito, que antes de morrer deixou por escrito dizendo que quando o povo voltasse para sua terra, levasse os seus ossos (Gênesis 50:25). Cuidado e respeito sim, idolatria nunca”, ressalta Veloso.

O pastor lembra ainda que, com o passar do tempo, a tendência é que a dor do luto diminua e que as idas ao cemitério reduzam e até parem. Ficam a saudade e a esperança da vida eterna garantida pela ressurreição de Jesus. “O luto é uma ferida que abre na alma e na psique, mas depois de um tempo essa ferida se fecha, fica a cicatriz, a lembrança”, afirma.

Para o pastor Francisco, a igreja tem uma importante missão em orientar os membros sobre como agir no Dia de Finados, mas acima de tudo, é necessário agir com amor e compreensão com aqueles que ainda vivem o luto.

“A igreja deve orientar os membros sobre essa questão, pois também é sua responsabilidade educar. Nesse momento, a melhor forma de lidar com o luto é por meio da união, do amor, dos abraços e da oração. Quem perde um ente querido precisa exatamente desse suporte”, orienta.

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