Brasileiros e angolanos seguem em uma grande disputa no país africano
Por Gustavo Costa
Em mais um capítulo da batalha entre membros brasileiros e angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Luanda, os africanos denunciaram a detenção ilegal de mais de 40 pastores e obreiros.
A detenção se deu após mais um confronto com membros da ala brasileira após a reabertura dos templos, no último domingo (14). A polícia foi chamada após início das hostilidades, de acordo com informações da DW Brasil.
Segundo nota da ala reformista, liderada pelo bispo Valente Bizerra Luís, as detenções violaram o direito de informação, previsto na Constituição angolana, ficando claro o “abuso de autoridade, que torna os detidos reféns com a intenção de coagir uma coletividade a uma ação ou omissão”.
Disputa é antiga
Dissidentes da IURD em Angola acusaram, em 2019, a ala brasileira de crimes financeiros, além de racismo, discriminação e abuso de autoridade, entre outros. Por conta disso, iniciaram uma frente reformista e contaram com o apoio do governo local.
Da disputa nasceram as duas alas, sendo a de origem brasileira liderada no momento pelo angolano Alberto Segunda. Ambas dizem ser as legítimas representantes da IURD.