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quarta-feira, 1 maio 2024

I.A acabará com cargos na igreja?

Na educação, a IA poderá ser usada para criar experiências de aprendizagem personalizadas, fornecer feedback aos alunos e automatizar tarefas administrativas. Foto: Freepik

A dúvida se baseia nas previsões do mercado, em que a Inteligência Artificial será responsável pela eliminação de 75 milhões de empregos em todo o mundo até 2025.

Por Cristiano Stefenoni

Ela já faz parte do dia a dia do crente, mas ainda não se sabe ao certo até aonde chegará. Contudo, as previsões mostram que a Inteligência Artificial será responsável pela eliminação de 75 milhões de empregos e a criação de outros 133 milhões em todo o mundo até 2025, segundo dados da Crucial AI Statistics Ecommerce Platforms. E a igreja? Será que alguns cargos correm o risco de desaparecerem por causa dessa nova tecnologia?

Os números da Crucial AI Statistics dão um vislumbre do potencial gigantesco dessa ferramenta. Só para ter uma ideia, a IA poderá aumentar a produtividade em até 40%, estar em 75% dos aplicativos corporativos até 2025 e movimentar a astronômica marca de US$ 13 trilhões até 2030.

Os campos de atuação da Inteligência Artificial são ilimitados. Na educação, por exemplo, ela pode ser utilizada em aprendizagens personalizadas, dar feedback e automatizar tarefas administrativas. No campo da tesouraria, pode ser usada para detectar fraudes, gerenciar riscos e tomar decisões de investimento. E ainda há a possibilidade de automatizar tarefas, melhorar a qualidade dos serviços e reduzir custos.

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Para o especialista em Inovação, Leo Carraretto, que é evangélico, é pouco provável que os cargos das igrejas venham a acabar por conta da Inteligência Artificial, mas a I.A vai sim, influenciar o processo pelo qual as atividades eclesiásticas serão exercidas, o que aumentará, e muito, o grau de responsabilidade dos templos.

“Não vejo que a I.A vai ‘roubar’ cargos. Mas as igrejas conseguirão fazer mais. Com a otimização das tarefas sobrará mais tempo para o evangelismo, por exemplo. Isso aumentará a responsabilidade das igrejas, a trabalhar e fazer mais. Então, não é substituir, é viabilizar, ampliar e potencializar”, explica.

Por outro lado, o especialista lembra que não dá para fugir da tecnologia e que as igrejas já devem estar preparadas para ela, inclusive, com a escolha de alguns membros para se qualificarem na área.

“Não existem cursos de alta qualidade sobre isso porque ainda é um tema muito novo. O que os irmãos têm que fazer é começar a testar coisas e colocar o foco nisso, de maneira que eles conheçam as novas inteligências artificiais para ampliarem o potencial das igrejas. Isso precisa ser uma constante, uma prática. Os pastores podem destinar duas ou três pessoas para criarem esse trabalho de melhorias”, orienta Carraretto.

O que é a Inteligência Artificial

A IA é a capacidade de um sistema computacional de realizar tarefas complexas como reconhecimento facial e de voz, tradução automática, automação, entre outros. Para funcionar ela utiliza o Machine Learning (Aprendizado de Máquina), especificamente o Deep Learning (Aprendizado Profundo), ou seja, usa dados e algoritmos para a produção de informações que serão relevantes para o usuário. Quanto mais dados a IA tiver, maior é o seu conhecimento e capacidade. Entre as ferramentas mais conhecidas estão o ChatGPT e o Bard.

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