Os manifestantes argumentaram que os colégios expõem os jovens a conteúdos inadequados, que estão relacionados à sexualidade. Saiba mais!
Por Patricia Scott [The Canadian Press News e North News]
No Canadá, uma multidão saiu às ruas para protestar contra as políticas relacionadas à identidade de gênero nas escolas. A manifestação ocorreu em várias cidades, como Ottawa e Toronto, a mais populosa do país.
Protestos e contraprotestos, que aconteciam simultaneamente, foram separados por um corredor de policiais. A mobilização contrária e a favor está ligada às políticas escolares, que abrangem estados como New Brunswick e Saskatchewan. Isto porque essas províncias permitem que os jovens obtenham o consentimento dos pais para que os professores utilizem os nomes e pronomes que desejarem.
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Desde junho, o governo de New Brunswick desencadeou um debate em todo o país ao alterar a política de gênero da província. A mudança passou a exigir que alunos transgêneros [pessoas que não se identificam com o gênero com base no sexo biológico] e não binários [pessoas que não se percebem como pertencentes a um gênero exclusivamente], com menos de 16 anos, obtivessem o consentimento dos pais para que os professores utilizem os seus nomes próprios que escolhessem.
Diante desse contexto, os manifestantes seguravam cartazes que destacavam a união em oposição à “ideologia de gênero” nas instituições de ensino do país. Eles argumentaram que as escolas expõem os jovens a conteúdos inadequados, que estão relacionados à sexualidade e identidade de gênero. Os participantes defenderam as políticas que requerem o consentimento dos pais como medida protetiva.
O primeiro-ministro Justin Trudeau usou o X, antigo Twitter, para comentar as manifestações, criticando os pais e os chamando de homofóbicos. “Transfobia, homofobia e bifobia não têm lugar neste país. Condenamos veementemente esse ódio e suas manifestações, e estamos unidos em apoio aos canadenses 2SLGBTQI+ em todo o país – você é válido e você é valorizado”, escreveu.
Vale salientar que os organizadores das marchas divulgaram que protestavam contra a “sexualização prematura e a doutrinação potencialmente prejudicial” das crianças. No entanto, eles afirmaram que não são contrários às pessoas LGBTQIA+.
O primeiro-ministro Blaine Higgs, da província de New Brunswick, esteve no protesto do lado de fora da legislatura. Ele afirmou aos jornalistas que tem dificuldade para entender por que a política de seu governo é controversa.
“Acho que os pais devem se informar sobre o que está sendo ensinado aos filhos e o que é importante para eles aprenderem nas escolas, como também o que é importante para os pais tomarem decisões com filhos menores de 16 anos”, enfatizou Higgs.
Os manifestantes contrários à ideologia de gênero ensinada nas escolas tiveram o apoio do grupo “1MillionMarch4Children”. A organização declara que possui a missão de “unir a humanidade em torno do nosso objetivo comum de proteger as crianças da sexualização prematura e da doutrinação potencialmente prejudicial”.
