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quinta-feira, 2 maio 2024

Como reconstruir os laços afetivos no casamento?

Foto: Reprodução

A resposta está nas Sagradas Escrituras, fonte de renovo, esperança e restauração para toda relação conjugal 

Por Patricia Scott

O casamento representa uma aliança divina instituída pelo próprio Senhor, conforme Gênesis 2.24: “[…] o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. Ao longo da jornada, no entanto, é inevitável que o casal enfrente desafios e adversidades, que podem estremecer de maneira profunda a relação ou até mesmo impulsioná-la para uma crise conjugal.

Independentemente das circunstâncias difíceis, as Sagradas Escrituras revelam orientações importantes para a restauração do casamento. É fundamental, entretanto, que o casal esteja disposto a colocá-las em prática, além de centralizar a união em Cristo, que é fonte de renovo.

Quando a relação entra em colapso e os laços são quebrados, é porque as expectativas não estão sendo supridas, segundo o missionário Amilton Joaquim, líder de casais na Segunda Igreja Batista de Maringá (PR). A primeira chave para a reconstrução é “mudar a visão quanto ao casamento, alinhando-a segundo a Bíblia”.

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Ajustando a perspectiva 

Amilton Joaquim afirma que, quando um dos cônjuges está com a perspectiva errada sobre o casamento, as frustrações ocorrem e surgem as cobranças. “O casamento é um lugar para servir. A estrutura da família foi criada para apontar para o Senhor, para a glória de Deus. Então, o casal é chamado para servir”.

O missionário ressalta que o casamento não é o fim em si mesmo. Ele representa o reflexo do relacionamento entre Cristo e a Igreja. Por isso, “Paulo interpreta Gênesis 2.24 como um mistério entre Jesus e a Igreja. Então, o matrimônio é didático”.

A partir dessa nova mentalidade, segundo Amilton, é possível praticar algumas instruções bíblicas para a restauração, que fortalecem o matrimônio, como o arrependimento, a confissão e o perdão. “É preciso reconhecer que é pecador, que carrega a natureza humana pecaminosa e que se casou também com um pecador”.

Dentro desse processo, é recomendado que o casal busque apoio. “Pessoas ajudando pessoas é uma provisão de Deus. Ele nos chamou para vivermos em comunidade, como Igreja, não necessariamente local, mas como um grupo de pessoas que seguem Jesus. Precisamos uns dos outros”, pontua, acrescentando Provérbios 27.17: “Como o ferro afia o ferro, assim um amigo afia o outro”.

‘Uma só carne’

A professora de Teologia Marlene Mello, da Assembleia de Deus em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, frisa que o casal precisa entender que o matrimônio é construído por ambos. Por isso, “no contexto bíblico, ser uma só carne remete à unidade”, analisa e emenda: “Casamento é uma relação espiritual”.

Então, se a aliança é quebrada, o primeiro passo é o perdão, afirma. “Na maioria das vezes, o amor ainda existe, mas está abafado pela mágoa ou pela monotonia da vida. Se não houver perdão entre o casal, não acontecerá restauração”.

O segundo passo citado por Marlene é a comunicação, uma ferramenta poderosa que consegue consertar alguns danos. “O diálogo franco é fundamental, como também relembrar o início da relação, as motivações para o casamento. Voltar ao princípio, para resgatar o amor”.

Atitudes renovadoras

A psicóloga Magali Leoto orienta os cônjuges a demonstrarem admiração através da valorização do outro. “Diga o que você admira, reconheça valores e habilidades mútuas. Faça elogios e haja com incentivos”, recomenda a autora do livro Vivendo e Aprendendo a Brigar, escrito em conjunto com o marido, Sérgio Leoto, da Editora Mundo Cristão.

“Saiba ouvir o ‘coração’ do outro, dando oportunidade para o cônjuge colocar suas necessidades e desejos de maneira clara e sincera, e estabeleça uma conversa equilibrada”, aconselha Magali. Ela também indica abordar o problema com moderação, sem ser ríspido. “Defina pontos em comum, bem como o que é negociável e inegociável. Faça concessões mútuas, para chegar a um acordo”.

Magali enfatiza, também, a importância da dedicação de um tempo exclusivo para o casal, ainda que pequeno, mas que ambos anseiem por ser ampliado. “Cultive a imaginação, relembrando as situações do namoro; crie o clima romântico, prepare o local, mantenha o contato físico e visual”, elenca a psicóloga, complementando: “A relação sexual no casamento deve ser sempre melhorada. É necessário constante aprendizado”.

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