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sexta-feira, 26 abril 2024

Governo americano exige libertação de pastor batista em Mianmar

Foto: Reprodução

Desde dezembro, Hkalam Samson é acusado de realizar uma reunião de oração com membros do governo civil paralelo

Por Patricia Scott 

Há três meses, o bispo batista Hkalam Samson foi detido e preso pela junta militar de Mianmar, que figura na 14ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, elaborada por Portas Abertas, que elenca os 50 lugares onde é mais difícil ser crustão. Agora, o governo dos EUA pede às autoridades do país asiático a libertação imediata do líder religioso. 

“Condenamos a prisão e detenção pelo regime militar da Birmânia do proeminente líder cristão da etnia kachin, reverendo Dr. Hkalam Samson”, afirmou disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em uma coletiva de imprensa recente.

No início de dezembro, Hkalam Samson, conselheiro da Convenção Batista Kachin (KBC, sigla em inglês), foi preso sob a acusação de se encontrar com integrantes de um grupo étnico armado. O bispo também é acusado de realizar uma reunião de oração com membros do governo civil paralelo de Mianmar, conhecido como Birmânia.

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“Estamos extremamente preocupados com seu bem-estar e segurança. Pedimos a nossos parceiros e aliados que se juntem a nós para pedir ao regime que retire todas as acusações e liberte imediata e incondicionalmente o reverendo Samson”, ressaltou Ned Price, que elogiou o trabalho o incrível do bispo “em defesa da liberdade religiosa, justiça, paz e responsabilidade, que deve ser celebrado e replicado, não condenado”.

Conflitos no país

Vale salientar que o bispo Samson, anteriormente, atuou como presidente e secretário da KBC. Ele é presidente da Assembleia Consultiva Nacional de Kachin, um grupo de líderes religiosos e políticos locais que ajudam a promover a comunicação entre a Organização de Independência de Kachin, ou KIO, que é a ala política da Independência de Kachin com o Exército e a comunidade local.

Desde o golpe militar em fevereiro de 2021, o conflito entre os militares, localmente conhecidos como Tatmadaw, e as milícias de minorias étnicas aumentou. Isto porque as milícias étnicas têm apoiado manifestantes pró-democracia. Mais de três mil pessoas morreram, e outras 20 mil foram presas, de acordo com a Associação de Assistência aos

Presos Políticos.

Mianmar abriga a mais longa Guerra Civil do mundo, iniciada em 1948. As zonas de conflito estão ao longo das fronteiras do país com Índia, Tailândia e China.

O país é de maioria budista, e os cristãos representam pouco mais de 7% da população. No entanto, no estado de Chin, que faz fronteira com a Índia, e no estado de Kachin, que faz fronteira com a China, os seguidores de Jesus são maioria. Os cristãos também constituem uma parte substancial da população do estado de Kayah, que faz fronteira com a Tailândia.

Em junho de 2022, Tom Andrews, relator especial da ONU, afirmou em relatório que “os ataques implacáveis da junta [militar] às crianças ressaltam a depravação e a disposição dos generais de infligir imenso sofrimento a vítimas inocentes em sua tentativa de subjugar o povo de Mianmar”. Ele também ressaltou, com foco no assassinato de crianças, que recebeu “informações sobre crianças que foram espancadas, esfaqueadas, queimadas com cigarros e submetidas a execuções simuladas, e que tiveram suas unhas e dentes arrancados durante longas sessões de interrogatório.”

Com informações  The Christian Post 

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