“Nenhum casamento acaba de repente. O que ocorre é que as pessoas não prestam atenção às sinalizações”
Por Patricia Scott
O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher estabelecida por Deus. Isto não significa que a relação seja perfeita. Pelo contrário, muitos obstáculos surgem, proporcionando desgastes na relação a dois. Outro fator é que cada um dos cônjuges tem uma personalidade, que reflete diretamente no relacionamento.
Por isso, o pastor Josué Gonçalves, presidente do Ministério Amo Família, observa a importância de prestar atenção aos sinais de alerta. “Nenhum casamento acaba de repente. O que ocorre é que as pessoas não prestam atenção às sinalizações”, ressalta e completa: “É o efeito cupim. Os buracos são abertos e corroem tudo por dentro. Uma hora a ‘casa’ cai”.
Desse modo, o casal, de acordo com o pastor, não pode colocar em prática o “não faz mal”. “Esqueceu o aniversário, não faz mal. Não honrou a esposa no dia das mães, não faz mal”. Gonçalves diz que é preciso ter transparência na relação. “Fale a realidade. Não viva de faz de conta. Mostre quem você é”, aconselha e prega: “Quando a vulnerabilidade é exposta, o poder de Deus se aperfeiçoa (2 Coríntios 12.9)”.
O pastor ressalta ainda que a relação sexual é um termômetro de como está o casamento. “O sexo tem valor de linguagem. Então, se ocorre uma vez por mês. Algo está errado”, adverte, dizendo também que se o casal não pratica o beijo é outro indicar de problema. “O ato de beijar indica proximidade, comunhão, troca, intimidade. Não é à toa que Cantares começa mencionando beijo”.
O dinheiro, conforme o pastor, é também um indício se o casamento está bem ou não. “Coloque dinheiro na mão da pessoa, e você conhecerá o substrato do ser dela”, analisa. A comunicação saudável deve nortear o relacionamento em todas as questões, inclusive a financeira. “Se o casal não consegue praticar um bom diálogo, é sinal de que o matrimônio está adoecido ou adoecendo”.
O pastor Josué Gonçalves adverte que a relação do cônjuge com Deus reflete no matrimônio. Assim, a manutenção do casamento deve começar a partir da pergunta: “Como está minha relação com Deus?”. “Quanto mais perto do Senhor, mais intimidade, melhor ficará a vivência com a esposa ou o esposo”.