O último sábado (15) foi de muita dança na Igreja Presbiteriana de Cachoeiro de Itapemirim, com a final do Festival de Arte e Júbilo (FAJ). A competição, que incentiva a arte e a cultura junto aos jovens e promove a integração entre os grupos de dança, recebeu representantes de igrejas de todo o sul do Espírito Santo.
Durante o ano, grupos de várias igrejas se organizam para as eliminatórias do evento que ocorrem em municípios do sul do Estado. São etapas que avaliam desde a coreografia e figurino dos grupos a até a participação da torcida. Neste ano foram realizadas duas etapas: uma em Guaçuí e outra em Cachoeiro que selecionaram oito grupos para a final. O grupo vencedor da 4ª edição do FAJ foi Filhas de Sião, da 2ª Igreja Presbiteriana de Guaçuí. O grupo recebeu troféu mais um cheque no valor de R$ 1.200; o segundo colocado foi Dança Profética, da Igreja Iebom, de Cachoeiro, que ganhou troféu mais R$ 800 e o terceiro lugar ficou com o Ministério Mãos que Falam, da Igreja Batista Rio da Vida, também de Cachoeiro, que recebeu também um troféu mais R$ 600.
De acordo com o deputado Glauber Coelho (PR), que organiza o evento em parceria com igrejas e instituições, o FAJ tem a importante missão evangelizadora aliada à arte. “No FAJ não há vencedores e vencidos. A finalidade é promover a dança como ministério, chamado de Deus nas igrejas. A competição é importante, mas a evangelização é ainda mais”, frisou.
Com a proposta de ampliar os conhecimentos e as técnicas de dança dos grupos, Glauber promoveu no mês de março um seminário de capacitação na área ministrado por Isabel Coimbra, líder do Ministério de Dança da Igreja Batista de Lagoinha (MG), e Vivian Lazzerini, líder da Cia de Dança que leva seu nome, em São Paulo. O evento foi gratuito e reuniu centenas de jovens de igrejas católica e evangélica de diversas cidades do sul do Estado.
Participações especiais
A organização do FAJ aposta na arte como caminho não só para o louvor, mas também para a melhoria da qualidade de vida e ressocialização do ser humano. Desta forma, às vésperas do Natal, detentas do Centro de Detenção Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim (CPFCI) apresentaram duas coreografias especiais no evento. O grupo Ritmos formado por quatro detentas tiveram a oportunidade de expor seus talentos para o júri e convidados do FAJ. Elas se apresentam para colegas e visitantes nas festividades do presídio.
“É muito bom sentir que a sociedade não está contra nós. Pelo contrário, como vimos aqui, as pessoas acreditam e nos apoiam. Procuramos deixar uma mensagem de esperança por meio da dança. Ganhamos um presentão de Natal”, disse Marlene, uma das integrantes do grupo.
Segundo Glauber, a participação das detentas no evento despertou um novo olhar para a penitenciária. “É preciso entender que todos nós temos o direito ao recomeço. E a arte é um caminho para o despertar e para uma nova vida na sociedade e na igreja. Estamos muito felizes com a participação do grupo e com o apoio que recebemos da direção do presídio”, frisou o deputado.
A abertura do FAJ contou também com a participação do Grupo de Dança Emoções, formado por 18 mulheres com idades que variam entre 60 e 85 anos. O grupo apresentou uma coreografia especial em homenagem a Roberto Carlos. “Está mais que comprovado os benefícios da dança na Terceira Idade. O grupo Emoções deu um grande exemplo para nós de alegria, superação e amor ao próximo”, frisou o parlamentar.
