“No final do mês, iremos a Barcelona. Estaremos lá com ele”, disse a ex-mulher do jogador
Dinorah Santana, primeira mulher de Daniel Alves, sua agente e mãe dos seus dois filhos, saiu em defesa do jogador, preso em Barcelona preventivamente enquanto responde por acusação de crime sexual. Em entrevista ao jornal espanhol Sport, a brasileira, que ainda não viajou para a Espanha, afirma acreditar na inocência do jogador, apesar dos processos na Justiça espanhola.
Segundo a mulher, sua família vive um pesadelo nas últimas semanas, desde que a prisão do jogador foi decretada no dia 20 de janeiro. Daniel, de 16 anos, e Victoria, de 15, filhos do casal, também sofrem com a situação. “Ninguém que conhece o Dani, que faz parte de sua vida, pode ficar bem com essa situação. Está sendo muito complicado para nós, a cada dia que passa.”
Dinorah conta que a família planeja uma visita ao jogador, assim que sair a data de sua audiência. Além disso, durante essa viagem, a ideia é se mudar para Barcelona, para permanecer ao lado de Daniel Alves. A família tomou conhecimento das acusações ainda em 31 de dezembro, um dia após a suposta agressão sexual, na casa noturna Sutton.
De acordo Dinorah, ela recebeu o telefonema de um jornalista para tratar do caso. “Liguei para o Dani, mas ele não atendeu porque estava tirando uma soneca. Achei que tinha havido uma briga. Pessoas próximas me ligaram e falaram para eu ficar tranquila, que o Dani estava bem, que não tinha problema, que não tinha acontecido nada, que estava tudo normal. Acho que fui a primeira a descobrir que algo aconteceu”, revela.
“No final do mês (de fevereiro), iremos a Barcelona. Temos um apartamento ao lado da casa da Dani. Nós o mantivemos. Estaremos lá com ele”, contou a mulher. Dinorah e Daniel Alves se separaram em 2011, mas continuou na Espanha até 2019 para que o jogador pudesse conviver com os filhos. Um dos planos do casal era que Daniel e Victoria estudassem na Universidade de Barcelona.
Preso preventivamente à espera de um julgamento, Daniel Alves se encontra no presídio Brians 2, em Barcelona. “Eu não falei com Dani. Na situação em que se encontra, ele não está receptivo ou disposto a ver as pessoas na prisão”, revela a ex-mulher, que acredita em sua inocência. “Colocaria meu corpo inteiro no fogo por ele.”
Entenda o caso Daniel Alves
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico.
No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa “Y Ahora Sonsoles”, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma casa noturna que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia. Depois, ele confirmou houve relação sexual com ela, mas garantiu que foi consensual.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público pedir a prisão e a juíza aceitar. Poucos dias depois da prisão, o Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube havia sido rompido por justa causa.
Com informações de Agência Estado