A iniciativa “torna as mulheres invisíveis e apaga de uma vez por todas os termos mãe e maternidade. Parem de inviabilizar as mulheres”
Por Patricia Scott
Recentemente, o Ministério da Saúde lançou uma campanha que omite os termos “mãe” e “maternidade” e se refere à mulher no período pós-parto como “pessoa que pariu”. A pasta é comandada por Nísia Trindade, que é cientista social, socióloga, pesquisadora e ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz. A iniciativa não agradou aos evangélicos.
O pastor e escritor Geremias do Couto expressou opinião em rede social: “‘Pessoa que pariu’ é… deixa pra lá!”, escreveu indignado o pregador assembleiano, que utiliza as redes sociais para denunciar as práticas da militância de esquerda.
Já a evangélica Sonaira Fernandes, secretária da Mulher em São Paulo, também expressou indignação. “É absurdo o ataque do governo Lula contra as mulheres. Falar em ‘pessoa que pariu’ ao invés de usar os termos mulher e maternidade é um absurdo. É inaceitável. Esse tipo de abordagem sob o pretexto de inclusão de um grupo menospreza as mulheres do nosso Brasil”, postou e acrescentou: “A iniciativa do Ministério da Saúde torna as mulheres invisíveis e apaga de uma vez por todas os termos mãe e maternidade. Parem de inviabilizar as mulheres”.
No Instagram, a página Jovens Cristãos repercutiu o posicionamento de Sonaira e destacou ainda que “especialistas afirmam que tal campanha faz parte da agenda feminista, que quer desconstruir o feminino e, consequentemente, a maternidade”. A postagem destaca também que “uma das fundadoras e idealizadoras do movimento feminista, Simone de Beauvoir, cita em uma das suas obras literárias que norteiam o movimento: ‘enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto materno não tiverem sido destruídos, as mulheres ainda serão oprimidas’”.