Para a polícia, o homem admitiu a motivação do crime, mas permaneceu preso por apenas quatro dias. Saiba mais!
Por Patricia Scott [Portas Abertas]
O Egito ocupa a 35ª colocação na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, elaborada por Portas Abertas, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos ao redor do mundo. A morte do cristão egípcio Fady é mais uma expressão de ódio de radicais islâmicos.
Ele foi assassinado na empresa em que trabalhava uma semana depois de celebrar o aniversário, em 8 de maio. Durante o expediente de trabalho, Fady foi atacado por Mohammed, um radical islâmico. Para a polícia, o extremista confessou que matou Fady, justificando que a fé do cristão foi a motivação. Ele ainda descreveu em detalhes como cometeu o crime.
“Odeio os cristãos. Eu o matei porque ele era um cristão”, admitiu Mohammed à polícia. Durante quatro dias, o radical islâmico esteve preso. Depois, ele foi encaminhado para uma clínica de cuidados mentais para receber tratamento.
Segundo Portas Abertas, esse álibe é utilizado por inúmeros extremistas islâmicos, justamente para não ficar preso ao cometerem crimes. “A família de Fady permanece inconsolável pela morte brusca do jovem cristão”.
Na manhã do assassinato, no dia 15 de maio, os dois homens estavam na empresa para mais um dia de trabalho. Mohammed operava os tratores, enquanto Fady se encontrava no escritório, observando o andamento do trabalho. De repente, Mohammed virou a escavadeira, iniciando o ataque ao cristão com o equipamento.
Para se proteger, Fady tentou correr e se esconde. No entanto, Mohammed agiu mais rápido, seguindo-o conseguiu pressionar o cristão contra a parede e o chão. O extremista ficava indo e voltando com a máquina sobre o cristão e não parou até ter certeza de que ele estava morto.
No Egito, cristãos revelam que a maioria das violações da liberdade de religião acontece nas comunidades. De acordo com Portas Abertas, os incidentes variam entre cristãs sendo assediadas enquanto andam nas ruas, como também multidões iradas de muçulmanos que unem toda a vizinhança para expulsar os cristãos, cujas casas e pertences são confiscados por esses grupos.