23.8 C
Vitória
sábado, 27 abril 2024

Cuidado com o relacionamento tóxico!

Foto: Reprodução

Os gestos podem ser aparentemente inofensivos, mas acabam se transformando em comportamentos de controle e humilhação, segundo psicólogo 

Por Patricia Scott 

Um relacionamento tóxico é caracterizado pela falta de apoio mútuo, pela competição, desrespeito e, muitas vezes, pelo conflito. Ele mina a autoestima, faz a pessoa se sentir triste e cheia de culpa. Assim, nem todo relacionamento abusivo apresenta violência física. Existem muitas outras maneiras de agredir alguém e provocar sofrimento a sem que seja preciso feri-la fisicamente.

A relação abusiva pode ser iniciada de maneira sutil, envolvendo a pessoa em um ciclo de tensões, violências e reconciliação. “Os primeiros sinais podem parecer inocentes, mas não são. Diminuir uma pessoa com brincadeiras e piadas ou cercear a liberdade de alguém são alertas vermelhos”, pontua o psicólogo Danilo Suassuna, acrescentando que os gestos podem ser aparentemente inofensivos, mas acabam se transformando em comportamentos de controle e humilhação.

Segundo o especialista, o ciclo do relacionamento abusivo é iniciado com uma fase de construção de tensões, a seguir vem explosão da violência e, por fim, a chamada “lua de mel”, quando o abusador pede desculpas e promete mudança. “Muitas vezes, as vítimas se calam diante desses comportamentos por medo ou vergonha, ouvindo e aceitando as desculpas do parceiro, o que perpetua o ciclo”.

- Continua após a publicidade -

Sinais sutis podem incluir acúmulo de chateações, críticas desmedidas, negativismo constante na relação e um sentimento de desconforto ao estar junto ao parceiro, enumera Danilo. “É essencial reconhece-los para buscar ajuda”.

Ele pontua ainda que outros indícios também merecem atenção, já que podem apontar para um relacionamento tóxico: constante controle e poder, crises de ciúme ou ausência de apoio nas escolhas de vida de um dos parceiros. “Para curar-se de um relacionamento tóxico, é crucial reconhecer a situação e construir um sistema de apoio”, orienta, complementando que “aceitar a realidade do relacionamento e investir em autoconhecimento são passos fundamentais nesse processo”.

Danilo Suassuna aconselha ainda outros passos para abandonar tal relação: escrever sobre os sentimentos, ler livros de autoajuda e, claro, buscar auxílio de um psicólogo. “Esses são caminhos que podem ser úteis para ressignificar experiências e construir relacionamentos saudáveis no futuro”.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -