Os ataques dos extremistas hindus são recorrentes no país, que está na 11ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023
Por Patricia Scott
Na Índia, extremistas hindus atacam com frequência os cristãos. Por isso, uma petição pública foi apresentada à Suprema Corte, nesta quarta-feira (15). O documento exige que o governo de Delhi impeça o que os seguidores de Jesus chamam de “fenômenos sinistros de violência” e “discurso de ódio direcionado” contra a comunidade cristã no país.
“Considerando a situação vulnerável que os cristãos enfrentam na Índia, seja por ataques de multidões ou falta de proteção das autoridades, um judiciário independente é seu farol de esperança para buscar proteção”, afirmou Henrietta Blyth, CEO da Portas Abertas no Reino Unido e Irlanda, que continuou: “A missão Portas Abertas está profundamente preocupada com a falta de medidas concretas tomadas pelas autoridades para lidar com essas violações”.
No entanto, o procurador-geral da Índia, Tushar Mehta, discorda das declarações de ataques direcionados a cristãos no país, que está na 11ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023. “Olhando para fatos incompletos, artigos e relatórios egoístas baseados em meras conjecturas, claramente parece ser para um propósito malicioso”.
Vale destacar que, originalmente, a petição foi apresentada em junho de 2022 pelo Arcebispo da Diocese de Bangalore, Dr. Peter Machado, em conjunto com a Evangelical Fellowship of India (Aliança Nacional de Cristãos Evangélicos da Índia). Peter destaca um grande aumento nos ataques e na violência contra os cristãos nos últimos anos. Segundo eles, o rápido aumento da violência se deve, em parte, à falta de estratégias da equipe de segurança especializada em combater grupos que propagam e incitam à violência.
Aumento dos ataques
Desde que o atual partido chegou ao poder, em 2014, houve um aumento nos ataques violentos contra os cristãos, segundo Portas Abertas. A onda de violência inclui os chamados assassinatos de “honra”, arremesso de ácido, espancamentos por multidões e agressões sexuais a meninas.
Foram registrados 17 assassinatos de cristãos por motivos religiosos e relatos de abuso físico (incluindo ameaças de morte), de acordo com Portas Abertas. Esses números afetaram diretamente mais de 75 mil cristãos e 67 igrejas ou edifícios cristãos que foram fechados à força. “Isso promove um clima de impunidade para os perpetradores e cria um ambiente onde as minorias religiosas vivem com medo de mais violência“, avalia Henrietta Blyth.
Oito estados indianos foram acusados de fornecer informações sobre o número de denúncias de ofensas contra cristãos registradas pela polícia e como elas foram tratadas. No entanto, a Portas Abertas diz que, até agora, apenas um dos estados retornou as informações solicitadas.
Com informações Premier Christian News
