Semanalmente, acontece um estudo bíblico na aldeia com o objetivo de ensinar a Palavra e discipular os novos convertidos da região
Por Patricia Scott
Em Uganda, um casal de missionários está concentrado em pregar o amor de Jesus aqueles que são esquecidos ou negligenciados pelo poder público e a sociedade. Sonya Herron e o marido, James, servem as pessoas que vivem nas ilhas do Lago Victoria, um dos maiores lagos de água doce do mundo.
“Essa não foi a área que viemos para trabalhar, mas se você estiver disposto, sempre pode encontrar oportunidades de se juntar a Deus onde Ele está, no trabalho, e onde as pessoas têm necessidades que você nem sequer pensou, e ninguém mais pensou nelas”, disse Sonya, que é missionária do IMB.
Sendo assim, o casal foi procurado por um guarda noturno para atender uma comunidade de leprosos sem acesso a cuidados médicos. Ele sabia que os missionários não deixariam passar uma oportunidade de mostrar o amor de Deus a uma população negligenciada e vulnerável.
No país africano, a lepra é endêmica. Há cerca de 40% de casos relatados nos distritos. A doença crônica e infecciosa afeta a pele, os nervos periféricos, o trato respiratório superior e os olhos. Na região, a doença desafia a saúde pública e o bem-estar da comunidade.
Então, ajudar os leprosos se tornou em outra oportunidade de demonstrar o amor de Deus. “Você não ouve muito sobre as pessoas com lepra, porque elas estão mais escondidas e são mais negligenciadas e esquecidas”, relatou Sonya.
Nos últimos anos, a pobreza e a fome cresceram em Uganda. Com isso, os missionários, com a ajuda de igrejas e da comunidade, começaram a distribuir alimentos para sustentar as pessoas na ilha, inclusive expandiram as doações para incluir a comunidade leprosa.
Quando uma equipe de voluntários de uma igreja nos EUA chegou à região, o casal fez a primeira visita à aldeia onde residem as pessoas com lepra. A equipe levou roupas, sapatos, comida e livros.
Os missionários também forneceram recursos simples de saúde, além de ministrarem a Palavra de Deus através de um momento de comunhão, louvores e danças. “Queremos ser uma presença nesta comunidade em termos de não apenas dar coisas, mas realmente ajudar as pessoas a entender o Evangelho”, destacou Sonya.
Em uma das visitas, um homem mais velho, sem uma perna, se apresentou de muletas. Ele aceitou Jesus e declarou sua salvação na frente de todo o grupo. O homem, que sofre de lepra, é um dos quase 50 leprosos da aldeia.
Estudo bíblico
Em Uganda, o Evangelho nem sempre é claramente expresso ou compreendido. Isto porque há uma mistura de crenças religiosas, o que representa uma barreira para a verdade de Jesus. Então, segundo Sonya, à medida que mais pessoas na aldeia chegam à fé, o discipulado se torna um desafio.
Por isso, em parceira com outros missionários, Sonya deu início a um estudo bíblico semanal na comunidade leprosa. A proposta visa atender às necessidades físicas e espirituais das pessoas.
Desde o envolvimento dos missionários com a comunidade leprosa, muitos na aldeia abandonaram o Islã. Pessoas esquecidas e negligenciadas estão descobrindo seu valor e se entregando a Cristo. Assim, os missionários perceberam que seria impossível não abraçar toda a aldeia.
“Queremos amá-los e ver como Deus pode nos usar para levar a Palavra a essas pessoas. Ninguém pensa neles, mas agora eles encontraram a salvação e é isso que queremos”, finalizou Sonya. Com informações IMB
