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sábado, 27 abril 2024

Namoro não é coisa para adolescente

Muitos casais que namoram cedo, depois, tentarão viver a fase da adolescência perdida no casamento, o que gera uma série de problemas. Foto: Freepik

O namoro precoce pode trazer diversos problemas como desgaste emocional, risco de gravidez, estudos prejudicados e isolamento social. 

Por Cristiano Stefenoni

Nem precisa ir longe. Basta uma volta na rua ou no shopping para ver adolescentes de mãos dadas namorando. O que para uns é algo normal, para a igreja é sinônimo de ligar o sinal de alerta. Isso porque, para o crente, o namoro é uma etapa na preparação para o casamento, e nessa faixa etária, os menores de idade não estão maduros o suficiente para assumir tamanha responsabilidade, nem têm condições financeiras para isso.

E as consequências de um namoro precoce são várias: desgaste emocional muito cedo, risco de gravidez, altas possibilidades de prejudicar os estudos, conflitos com os pais, isolamento social, em especial, das programações da igreja, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, ciúmes, entre outros malefícios, e tudo isso para algo que dificilmente irá para frente.

“Muitos dizem estar pronto para um relacionamento, mas não possuem maturidade emocional, e muito menos espiritual. Com seus hormônios à flor da pele, o processo de identificação ocorrendo, fica difícil ter um relacionamento sem de fato, fraudar a emoção da outra parte envolvida. Estão sujeitos a depender emocionalmente um do outro”, alerta a educadora parental, Maíra Mafra, Master Coaching especializada em Adolescentes.

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De acordo com a especialista, o namoro cristão possui um único objetivo: se preparar para o casamento. “Para que serve o namoro? Estão prontos para as responsabilidades que envolvem essa relação? O mundo diz que os adolescentes devem namorar, ficar sem compromisso, mas nós sabemos que o namoro, é para o antes de dizer sim, é para casar!”, enfatiza Mafra.

Além disso, a educara diz que namorar cedo demais é pular uma etapa crucial da vida. “Perder tudo aquilo que a adolescência oferece, se preocupando, se isolando, vivendo uma relação, muitas vezes precoce, perdendo a oportunidade de viver com leveza a mais bela fase, que é a base para uma vida adulta saudável”, afirma.

Ela também ressalta que muitos casais que namoram cedo demais, depois, tentarão viver a fase da adolescência perdida no casamento, o que gera uma série de problemas.

“Aconselhamos jovens casais que, após longo período de namoro na adolescência, se casaram, e na maioria das vezes quiseram viver após o casamento, o que não viveram na adolescência. Outro agravante é a intensidade, adolescentes mergulham de uma forma bem profunda nas relações, deixam de prestar atenção no presente, de se dedicar aos estudos, amigos, família”, justifica.

Nesse processo, a educadora diz que os pais têm uma grande responsabilidade. Eles precisam ter a paciência em ouvir sobre os sentimentos dos filhos, saber aconselhar e impor limites.

“A maior reclamação que escuto dos adolescentes é que os pais nem sempre validam seus sentimentos, que consideram bobeira, besteira, e que não os entendem. Uma escuta atenta é tudo o que eles mais precisam, e depois traga clareza a eles das consequências, e caso exista esse namoro, estabelecer limites e estimular esse adolescente para que ele continue interagindo em outros meios sociais, como, a família, a comunidade e a igreja”, orienta a especialista.

Caso um casal de adolescentes venha a se apaixonar, a dica da especialista é buscar ajuda de Deus e dos familiares mais próximos e experientes. “É preciso orar e buscar aconselhamento com pessoas mais velhas e que possam auxiliar e orientar em relação às escolhas que um namoro pode acarretar no momento”, finaliza.

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