Longa-metragem, que estreia nesta quinta-feira (20), tem sido alvo de críticas por conta da linguagem adulta e por abordar temas como a diversidade de gênero.
Por Cristiano Stefenoni
Nem bem estreou e o filme da Barbie já é alvo de polêmica. Além de ter o trailer vetado nos cinemas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a indicação de censura ser de 12 anos “por ter cenas que são consideradas impróprias para crianças menores”, o Movieguide, guia de filmes e séries para famílias cristãs, divulgou esta semana uma nota recomendando aos pais a não levarem os filhos para ver o filme.
Para o site, o longa-metragem promove “histórias de personagens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”.
Para o pastor Gedimar de Araujo, além dos problemas de linguagem e ideologia, filmes como o da Barbie podem gerar uma falsa ideia da vida para as crianças.
“Filmes assim são extremamente perigosos porque querem impor um padrão de comportamento exposto pelo personagem, aqui no caso, a Barbie. Ela ostenta uma vida glamorosa e a realidade não é assim. Cria uma grande ilusão na vida das meninas. Geralmente as adolescentes estão à procura de padrões de vida, firmando sua identidade e podem confundir ficção com realidade”, alerta o pastor.
Já a psicóloga especialista em neuroaprendizagem, Martha Zouain, diz que o universo Barbie induz a imaginação da criança a várias conclusões equivocadas, como por exemplo, o universo cor de rosa da personagem, as proporções de seu corpo que podem gerar problemas de autoestima e isso sem falar do incentivo ao consumo.
“Para os adolescentes acima de 12 anos, cabe muita atenção dos pais e ao perceber qualquer intensidade maior de algum comportamento após o filme, dialogar abertamente com o adolescente”, orienta a psicóloga.
Com estreia prevista para esta quinta-feira (20), o filme da Barbie é considerado um dos mais aguardados do ano e, para a surpresa de muitos, tem recebido bons elogios da crítica. Uma gigantesca campanha de marketing tem sido feita, que promete lotar as salas de cinema em pleno período das férias escolares.
Com um orçamento de US$ 100 milhões, a produção traz um elenco de peso, com a nova queridinha do cinema americano, a atriz Margot Robbi, no papel da boneca ícone.
Boneca é sucesso de vendas desde a década de 50
A boneca Barbie foi criada em 1959 por Ruth Handler, esposa do cofundador da empresa Mattel. A cada três segundos uma Barbie é vendida no mundo. Em média, são vendidas 58 milhões de unidades da boneca por ano no planeta e mais de um bilhão desde a sua criação, com faturamentos que passam dos U$ 6 bilhões anuais. Só no Brasil, as Barbies “princesas” faturam em torno de R$ 16 milhões por ano.
