Apesar dos problemas financeiros levarem muitos casais à separação, o amor ainda é determinante para o sucesso da relação
Por Cristiano Stefenoni
Mas afinal, o que deve ser levado em consideração na hora de escolher alguém para casar, o amor ou o dinheiro? Pois um estudo publicado no Journal of Social Psychology (Associação Americana de Psicologia) revelou que escolher um parceiro rico só pelo interesse financeiro pode levar a insatisfação no relacionamento, piora na qualidade de vida e emoções negativas. Em outras palavras, é mais fácil o amor levar à geração de riqueza do que o contrário.
É claro que tentar manter um casamento apenas com amor e cheio de problemas financeiros é uma missão quase impossível, mas a pesquisa mostra que, ainda assim, é mais difícil conviver com alguém que não se ama, mesmo que ela tenha dinheiro. Na avaliação dos pesquisadores, o ideal é que os cônjuges deem as mãos para, juntos, buscarem crescer financeiramente.
Outro estudo publicado no Personality and Individual Differences (Revista Científica em Ciências da Saúde) deixa bem claro que a ideia de que “dinheiro traz felicidade” não funciona no casamento e que é mais fácil as emoções positivas levarem à criação de riqueza.
Para o psicólogo e escritor Gary Chapman, autor do livro “As cinco linguagens do amor” (Editora Mundo Cristão), o amor é algo que deve ser cultivado dentro da relação. Algumas atitudes como falar palavras motivadoras, dedicar tempo de qualidade ao cônjuge, presentear, ajudar em casa, expressar o sentimento por meio do toque (abraçar, beijar, fazer carinho) e saber ouvir as necessidades do outro farão uma grande diferença.
“Não sugiro que use de bajulação para conseguir o que deseja de seu cônjuge. O objetivo do amor não é obter o que se quer, mas fazer algo pelo bem-estar daquele a quem se ama. É verdade, porém, que ao recebermos palavras elogiosas, de afirmação, tornamo-nos mais motivados a sermos recíprocos e a fazermos algo que nosso cônjuge deseje”, explica Chapman.
Outra dica dada por ele é quanto à forma de se falar. E cuidado para não citar problemas do passado. “A maneira como falamos é extremamente importante. O rei Salomão disse com toda sabedoria: ‘A resposta branda desvia o furor’. (…) O amor jamais registra uma lista de erros. Ele não traz à tona fracassos passados. Nenhum de nós é perfeito”, enfatiza Chapman.