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domingo, 28 abril 2024

Ataque do Estado Islâmico deixa 40 cristãos mortos no Congo

No país, o número de deslocados internos é grande - Foto: Portas Abertas/Imagem Representativa

O grupo extremista conquistou aliados no país, que figura na 37ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023

Por Patricia Scott 

No estado de Kivu do Norte, Leste da República Democrática do Congo, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque a um vilarejo. Além de um rastro de destruição, 40 cristãos morreram no atentado. Vale destacar que o país figura na 37ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023 elaborada por Portas Abertas, que enumera os 50 locais mais perigosos para os cristãos viverem.

“Matamos os cristãos com armas e facas e destruímos as propriedades deles na vila de Mukondi”, assumiram os extremistas em pronunciamento para uma agência de notícias no último dia 9 de março. Imagens das casas em chamas foram compartilhadas por agências de mídia confirmando o ataque.

Ao menos 45 pessoas foram assassinadas em ataques às vilas no estado de Kivu do Norte na última semana, de acordo com autoridades locais.  Portas Abertas salienta que  as Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês), um grupo extremista aliado ao Estado Islâmico, vem também semeando violência há pelo menos dois anos no país. 

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Outro ataque matou ao menos 22 cristãos na cidade de Kirindera, localizada também no estado de Kivu do Norte, no último sábado (11). Fontes locais contaram a Portas Abertas que o grupo ADF atacou uma clínica de saúde, um hospital e um hotel.

Recentemente, ocorreram atentados que resultaram em igrejas bombardeadas, propriedades cristãs destruídas, inclusive hospitais. A violência tem gerado um número crescente de cristãos mortos, sem contar o imenso deslocamento interno da população.

Realidade violenta 

No Congo, o leste do país é uma região perigosa para os cristãos. Eles vivem sob constante ameaça de sequestros e ataques violentos.

Grupos rebeldes estão disputando o controle da região, informa Portas Abertas. Um deles é o grupo extremista islâmico Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês), que realiza ataques públicos e brutais contra comunidades e igrejas cristãs, além de sequestrar e violentar sexualmente mulheres, subjugando-as a casamentos forçados com soldados da milícia. Dessa forma, diz a instituição missionária, eles mantêm as cristãs como um tipo de “troféu” que exibe o poder e a vitória do grupo.

Segundo Portas Abertas, as chances de encontrar justiça através do sistema legal do país são pequenas. Muitos cristãos são forçados a fugir de casa e buscar refúgio em vilarejos próximos. Parceiros da organização missionária entregam ajuda emergencial para os deslocados internos por meio das igrejas locais.

“Pessoas que deixaram o islamismo ou religiões nativas para seguir a Jesus são pressionadas a permanecerem nas atividades religiosas tradicionais. Nos casos mais extremos, mulheres que se convertem ao cristianismo são forçadas a se casar, engravidar ou se divorciar. Os líderes cristãos, que discursam e se opõem à corrupção e violência, são assediados e ameaçados pelo governo”, detalha Portas Abertas.

No Congo, Portas Abertas trabalha com parceiros locais com objetivo de ajudar cristãos a partir de treinamentos de preparação para a perseguição, projetos de desenvolvimento socioeconômico e cuidados pós-trauma. Para fazer parte dessa mobilização de esperança e amor, acesse o link.

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